quinta-feira, 14 de julho de 2011

E agora, Inter ?

Li no Arquivo Gremista.
Um pessoal andou a semana comentando que fazia uma década que o Grêmio não vencia um título nacional. É verdade. Foi em 2001, uma Copa do Brasil.
Título que fechou um ciclo vitorioso que começou em 1994. Para o pessoal não esquecer que os ciclos, de vitórias e de derrotas, sempre terminam.
E tem gente que está há 30 anos sem um campeonato brasileiro...
Mas achei essa reportagem para lembrar que outro título de 2001, o Gauchão daquele ano, no qual patrolamos os rivais.

E AGORA, INTER?
Depois de duas vitórias contra o Juventude na decisão, o Grêmio chega com facilidade ao 33° título gaúcho e iguala a marca do Internacional, deixando a conquista ainda mais memorável

A decisão do campeonato foi a síntese da campanha gremista em seu 33° título gaúcho, igualando a marca do Inter e derrubando ainda mais o já abalado orgulho colo­rado (agora, só falta buscar a vantagem no Grenal: está 129 x 112 para o Inter). Foi uma final das mais fáceis para um legítimo campeão — o Grêmio só perdeu uma partida em todo o tomeio. E, já que o maior rival não teve competência para se colocar no meio do caminho, não havia na prática nenhum rival para parar o tricolor. O Juventude, que já havia perdido a primeira da série de duas ou três partidas finais por 3x2, precisava pelo menos empatar para provocar mais um duelo. Com 9 minutos, já perdia por 2x0 num Olímpico lotado, que viu o Tricolor fazer, sem esforço, 3x1 no placar final.

     Ânderson Polga, que atuou como um dos três zagueiros no esquema com libero, armado ao longo do campeonato por Tite, abriu o placar logo aos 4 minutos. Zinho bateu falta da direita. De costas para o gol, Polga cabeceou no canto direito do goleiro Diego.

     Era um massacre, o Juventude foi atropelado sem dó nos primeiros 15 minutos. Aos 9, já estava 2x0. O artilheiro gremista Marcelinho também marcou na final. Dessa vez, em bela cobrança de falta, e novamente acompanhada por seu marketíng regional. Para comemorar o 11° gol no torneio, atrás apenas de Chiquinho, do São José, que fez 15, Marcelinho exibiu por baixo do manto tricolor: "Conheça o São João de Campina Grande", em referência à festa junina de sua cidade na Paraíba. No Sul, ele virou "100% Paraúcho", e bem rápido. Depois da Copa do Brasil, agora ele vai bolar mensagens em alemão para comemorar os seus feitos pelo Hertha Berlin. Despede-se campeão.

     O campeonato acabou aos 9 minutos do primeiro tempo, mas o ofensivo Grêmio de Tite dominou até o final. Eduardo Costa acertou de fora de área no segundo tempo: 3x0. Dauri diminuiu aos 34, mas a essa altura ninguém no Olímpico já se preocupava com isso.

     Como em toda a campanha, não houve um único herói, um astro a se destacar no campeão, que terminou a competição sem Rodrigo Mendes, Fábio Baiano e Warley, lesionados. Só não fizeram mais falta porque este Grêmio que dependia apenas de Ronaldinho agora não é mais o time de um ou poucos homens. O conjunto sempre foi a principal arma de Tite, técnico que conquista o bi após ter levantado a taça pelo Caxias ano passado.