quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

15 anos do Bi

15/12/1996 - Grêmio bicampeão brasileiro.
Um campeonato que vivi muito de perto, estava no estádio Olímpico no último jogo da primeira fase, perdemos por 3 x 1 do Goiás.
Até hoje, muitos da imprensa dizem que entregamos para prejudicar o Sport Club.
Mas este, nem precisou de ajuda para se prejudicar, se prejudicou sozinho, perdendo para o Todo Poderoso Bragantino, com direito a perder um pênalti.
No Olímpico, o jogo foi ruim mesmo, a torcida indignada com o time em campo. Quando o jogo já estava perdido mesmo a torcida passou a acompanhar a eliminação do adversário.
Este campeonato ainda teve um magistral Grêmio 3 x 1 no Flamengo. 3 gols do Paulo Nunes.
Na fase mata-mata, eliminamos o Palmeiras, 3 x 1 no Olímpico e perdendo de 1 x 0 lá.
Seguimos eliminando o Goiás (eles de novo), com outro 3 x 1, em Goiania e empate em 2 x 2 no Olímpico.
A final seria contra a Portuguesa, time queridinho do Brasil e que tinha eliminado os dois times mineiros nas finais.
Primeiro jogo, 2 x 0 em São Paulo.
Nunca vou esquecer duas coisas: Capitão Adilson saindo do campo dizendo: "calma que vai dar".
E Paulo Nunes dizendo: vamos ganhar por 2 gols em Porto Alegre.
15/12/1996 - Estádio Olímpico. Um calor infernal. Estádio lotado, jogo às 19h00 mas o estádio estava lotado desde o meio da tarde.
Estava junto com o meu pai, que me acompanhou nos jogos desde a queda para a segunda divisão em 1992, até às glórias da Era Felipão.
Começo do jogo, 2 minutos. Gol do Paulo Nunes, no goleiro "chama gol" Clemer.
O Estádio Olímpico explodia.
Mas o jogo seguiu tenso. Difícil.
O sol tórrido se punha, veio a noite e não vinha o segundo gol, tão necessário.
Passada metade do segundo tempo e nada do gol.
Aos 35 minutos do segundo tempo, saiu Dinho. Ele diz para o Felipão: Coloca o Ailton, ela vai fazer gol.
Substituição feita.
Na minha frente, umas crianças, acostumadas com aquelas conquistas históricas, choravam.
Tentando passar segurança mas já carregando nas costas muitas derrotas e lembranças de como doía para as crianças essas derrotas. Disse para eles o que tinha dito o Adilson uns dias atrás: "calma que vai dar".
37 minutos do segundo tempo. Cruzamento do Carlos Miguel. Afonsão sobe, a bola volta para Ailton, que sem deixar a bola cair, marca.
Não vi o gol, só vi a rede balançando e a torcida atrás do gol explodindo.
O Olímpico era um grito só.
Grêmio. Bicampeão do Brasil.