quinta-feira, 5 de maio de 2011

Erros

O futebol não perdoa erros. Não perdoa mau planejamento.
Um time fraco ou desorganizado as vezes consegue algumas façanhas, consegue algumas vitórias, mas não ganha título.
Algumas vezes um time fraco, mas organizado, retrancado (o que não deixa de ser uma virtude se o time reconhece que vai jogar retrancado mesmo e ver no que dá) consegue alguns títulos, exemplos o Once Caldas em 2004 e o Sport Clube em 2010.
Ou seja, sem qualidade até se chega a um título, mas sem organização e planejamento, nunca.
No ano passado, após o jogo contra o Botafogo, Renato disse: o grupo é bom mas precisamos de reforços para a Libertadores.
O jogo foi em 5 de dezembro. O Grêmio já tinha direção eleita e diretoria de futebol montada.
Tinham tempo para planejar 2011. Mas não fizeram nada. Resolveram ficar passeando em Punta Del Leste e não visitando olheiros ou clubes pelo país e pela América.
Passaram semanas discutindo um contrato absurdo com o Assis e esqueceram de dar atenção ao Jonas, goleador do campeonato brasileiro que acabou nos deixando por uma merreca.
Perderam Paulão, que andava meio afrescalhado nesse ano, mas que talvez pudesse se reencontrar com uma chegada do Renato. Ao menos ele não perderia tantas bolas aéreas na área gremista como a dupla Rafa-Rodo.
Lembro em 1994. Começo do ano, o Grêmio recém tinha voltado da segundona, e o preparador do Grêmio, Paulo Paixão disse: Temos que ganhar a Copa do Brasil para chegarmos na Libertadores.
Achei curioso, como ele poderia já estar pensando no ano que vem, será delírio do preparador físico?
Não, era planejamento.
Planejamento que também falou esse ano, quando perderam Paulo Paixão da preparação física do Grêmio.
Tudo bem que ele não era o próprio preparador físico, mas era um coordenador, sendo seu filho o preparador.
Mas Paixão tem estrela. Tem duas Libertadores na estante da sala, é motivador. 
Perdemos este reforço. E agora o Grêmio tem meio time no departamento médico.
Ainda, alguns torcedores alegam que faltou garra. Discordo. Faltou futebol.
Faltou tudo. Faltaram jogadores. Faltou direção. Faltou Planejamento.

Sem isso, Libertadores fica impossível.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Grêmio 2 x 0 Junior Barranquilla

Tem uma coisa que todos ou quase todos os torcedores gremistas sabem.
O Grêmio só é Grêmio mesmo, quando é competitivo. Quando é aguerrido e luta o jogo todo.
O Grêmio só nos empolga quando os jogadores entram em campo com os olhos vidrados e com gosto de sangue na boca.
Foi assim o jogo de ontem contra o Junior de Barranquilla, time invicto até conhecer o inferno do Monumental.
Toda a torcida sabe: quando o Grêmio entre "mole" em campo e sempre que o time entra "achando que joga muito"... perde e decepciona.
Como diria o Peninha Bueno, futebol arte é coisa de viado.
Sem homofobia, mas a frase fa referência ao fato de que quem entra em campo querendo dar espetáculo, dar toquinho, perde a bola e perde o jogo.
E o Grêmio sempre foi assim. A torcida se identifica com essa característica do time.
O Grêmio sim que é o time popular, é o time dos outsiders, é do peão lá do interior gaúcho que tem que lutar contra tudo e contra todos.
Não é time do cara que passa o dia contando dinheiro da beira do guaíba.
Quando o Grêmio não tem essa cara do Grêmio, sempre se esgualepa.
Muitos jornalistas imparciais e isentos do estado não entendem isso. Acham que a torcida só quer saber de quebradores de bola e jogadores violentos.
Criticam a torcida por vibrar com as entradas do Paulão, por exemplo. Que hoje deve estar fazendo estragos até na Muralha da China.
Estão errados os isentos e imparciais jornalistas.
Gostamos sim de jogadores habilidosos, mas que usam essa habilidade para massacrar o adversário.
Que use os dribles para sufocar o adversário.
Gostamos de jogadores que façam uma embaixadinha na lateral do campo e cruze a bola para dentro da área em uma decisão de Libertadores.
Gostamos de tudo isso, mas queremos junto a garra e a entrega.
Se o Grêmio manter esse espírito, vai longe na Libertadores.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Carlos Alberto

Em uma semana com um jogo decisivo na Libertadores, Carlos Alberto é liberado para tratar de "assuntos particulares".
Fica de fora ainda do jogo do final de semana pelo Gauchão.
Se não está saindo do clube, é um baita mico da direção liberar o jogador assim. Salvo que tenha ocorrido uma tragédia na família dele, não revelada até então.

Só estou curioso para saber que clube o aceitaria.

Dois jogos, uma postagem

Resolvi escrever um post único sobre dois jogos: Juventude 3 x 2 Grêmio e Grêmio 2 x 1 Veranópolis.
Por que isso ? Pelo fato de que entre estes dois jogos, teve a licença do Renato para disputar um campeonato de futevôlei no Rio de Janeiro, torneio vencido pelo Paraguai, país conhecido por suas praiais paradisíacas.
O time do Renato ficou em terceiro.
Não acho que a derrota para o Juventude tenha ocorrido por desleixo do time ou tenha ocorrido por um descomprometimento do Renato. Tanto é que a derrota ocorreu antes da viagem do treinador e na volta, contra o Veranópolis, o Renato mexeu bastante na equipe, com a entrada do Pessali (entrou muito bem) e com mais uma boa atuação do Leandro.
Ou seja, treinador que pega um time após uma derrota, mexe na equipe e sai com uma vitória, não pode ser chamado de descompromissado.
Quando surgir uma palestra sobre volantes ou sobre retrancas e o técnico Celso Roth ausentar-se por alguns dias, será tão criticado pela imprensa como foi o Renato.

Agora é se preparar para quinta-feira, importante desafio contra o Junior Barranquila.