sexta-feira, 17 de maio de 2013

Lições do passado

O Grêmio precisa pensar a longo prazo, sim.
Tem uma ideia de clube e de futebol e botar em execução.
Mas um projeto a longo prazo, sempre tem um pequeno passo inicial.
E esse passo precisa ser um título.
A torcida não suporta mais o discurso de "vamos buscar uma vaga este ano, para o ano que vem disputar algo".
A torcida e o clube precisam de uma injeção de ânimo.
Já fizemos isso.
Em 1991, caímos para a segunda divisão.
Em 1992, voltamos.
E em 1993 ganhamos o que? O Campeonato Gaúcho.
Reconquistamos a hegemonia no estado.
Resgatamos o orgulho da torcida.
E fomos vice da Copa do Brasil.
Mas o primeiro passo tinha sido dado.
Daí vieram os passos seguintes:
  • 1994 - Copa do Brasil
  • 1995 - Libertadores
  • 1996 - Copa do Brasil
  • 1997 - Campeonato Brasileiro
Fizemos quase o mesmo em 2005:
Voltamos da segunda divisão em 2005.
Vencemos o Gauchão em 2006 e 2007.
Mas fomos vice da América em 2007 e vice Brasileiro em 2008.
Faltou o último passo.

E em 2013, não demos nem o primeiro passo ainda.


Continuidade de administração e o futebol

Tem um dado que os Gremistas precisam prestar atenção.
Um presidente do Grêmio não faz seu sucessor desde 1998.
O último, foi Cacalo que sucedeu Koff.
15 anos.
E o último presidente reeleito foi há 6 anos, na reeleição de Odone em 2007.
Há 6 anos que o Grêmio muda todo o futebol e administração a cada 2 anos.
Pode-se fazer um time campeão assim?

Eliminação anunciada

Eu tinha já a sensação ruim que o Grêmio ia ter muitas dificuldades em se classificar na Libertadores, após levar um gol em casa.
Era muito perigoso o placar.
E ficou ainda mais perigoso com o Grêmio jogando covardemente, recuado.
Tanto que o Grêmio, após levar o gol, ficou completamente sem saber o que fazer em campo.
Ficamos mais de 10 minutos parados, esperando o apito do juiz.
Estamos eliminados, em uma competição que, vendo os clubes restantes, parecia uma Libertadores bem acessível para ser vencida.
Mas, para isso, precisávamos de um time, o que não temos.

O Grêmio é um monte de individualidades isoladas, não é um time de futebol.

E o Gauchão?
Eu sustentava desde janeiro: não dava para o Grêmio largar o Gauchão.
Primeiro, porque o Gauchão serviria para o Grêmio pegar ritmo de jogo e dar confiança à equipe.
Segundo, porque é título. E título está fazendo falta para o Grêmio desde 2010.
(Nota do Blogueiro: não me filio aos gremistas que estão engolindo a história dos colorados que estamos há 12 anos sem títulos)
Para o que serviu o tempo de treinamento no Gauchão?
Teve gremista dizendo: ah, temos 6 dias de treinamento, quando o Grêmio foi eliminado do estadual.
E para que? Para ter um time perdido em campo? Para não ter uma jogada ensaiada?
Para o time não saber se portar no contra ataque?
Jogamos fora o único título que tínhamos chance de ganhar este ano, pelo sonho de ganhar um que era inatingível.

Vestiário
Eu era um que achava que Luxemburgo fez um grande trabalho em 2012.
Da mesma forma que Renato fez um grande trabalho em 2010.
Mas ambos os treinadores fracassaram na virada de temporada e com a troca de comando do clube.
Já vi muita gente dizendo que Luxemburgo, em 2012, só cuidava do vestiário e que ele se perdeu em 2013 por assumir mais funções no clube.
Se assumiu, é por que deixaram.
Na minha opinião, é porque faltou o Pelaipe na cola do Luxemburgo.
O mesmo Pelaipe que controlava Marcelo Moreno em 2012 e o fez um dos artilheiros do Grêmio.
Marcelo Moreno que foi mandado embora no meio da Libertadores e que vai jogar no Flamengo, sob a gerência de quem? Paulo Pelaipe.

Política
Muita gente ontem ficou dizendo que não era hora de falar de política.
Eu falo.
Falo de política na hora do futebol, pois falaram de futebol na hora da política, ano passado.
Vou já dizendo que não defendo, não sou partidário nem nada de ninguém. Especialmente, do Odone.
Acho que ele tem seus defeitos como dirigente.
Mas era o dirigente que fez boa campanha em 2012.
Tinha grupo, tinha uma comissão técnica.
Só que aí entrou uma oposição que vinha há dois anos bombardeando a direção nas redes sociais.
Falavam: Odone é um câncer para o Grêmio. Odone não ganha nada há 10 anos...
Elegeram um presidente muito vitorioso, sem dúvida. Eu o idolatrava nos anos 90.
Mas não concordei com as razões que o fizeram voltar ao Grêmio.
Não gostei dele ter PROMETIDO NA CAMPANHA: vamos ser campeões da América.
Koff sabe o caminho.
Koff vai trazer a Libertadores.
Era o que diziam.
E agora? Frustraram os eleitores...
E pior, Koff se cercou de péssimas pessoas.
Algumas, que estavam com Obino em 2003.
Para quem não lembra, Obino assumiu um Grêmio que era campeão, um time forte, comissão técnica vencedora e na Libertadores.
Em um semestre, Obino destruiu tudo o que tinha sido feito.
Perdeu completamente o vestiário.
O clube virou uma zona e nós vimos o resultado em toda essa década de 2000.
Koff já igualou o primeiro semestre de Obino.
2013 começou igual a 2003.
Espero que não termine igual.

Segurança na Arena

O Reche vive dizendo que a violência no entorno da Arena é terrível.
Chegou a dizer que em um jogo teve 16 roubos de carro.
No Twitter, o Evandro Krebs desmentiu todos os números da alegada violência na Arena.
E agora, o Vazador reconheceu, discretamente:


BM na Arena

Postado por Hiltor Mombach em 16 de maio de 2013 - Esportes

Nos 16 eventos que ocorreram na Arena do Grêmio desde a sua inauguração não ocorreram furtos, roubos ou crimes graves.
Os dados são do 11º BPM, unidade da Brigada Militar responsável pela área. Segundo o comandante do batalhão, tenente-coronel Eduardo Biacchi, foram registradas dez ocorrências e todas de menor potencial, como brigas, desordem e exercício ilegal da profissão, neste caso os flanelinhas, que são proibidos de atuarem no local.
A contribuição do lado é do repórter Paulo Tavares, checando uma informação de Evandro Krebs dando conta de que as “estatísticas recentes de segurança pública apontam os seguintes indicadores em dias de jogos no entorno da Arena: zero de assaltos, zero de arrombamentos…”
Confere, portanto.
Ocorrências menores eram frequentes no estádio Olímpico, como são em todos os grandes estádios do país, assim como a presença de flanelinhas e cambistas.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

E o pênalti de 2005?

O Corinthians está se queixando de um erro de arbitragem, que teria resultado na sua eliminação da Libertadores.
Não reclamam do Pato perder um gol imperdível.
Mas aqui no estado, tem gente comemorando, alegando que é a vingança de 2005.
Esqueceram que o Inter já foi beneficiado em 2006, contra o Nacional do Uruguai.
E eu discordo dessa história do pênalti de 2005.
Não houve erro.

Olhem as fotos:

O pé do goleiro está ATRÁS DO PÉ DO TINGA.
O pé do Tinga, então, já tinha passado da  perna do goleiro.
O pé do Tinga está todo ele no chão, portanto, não foi desequilibrado.



E o pulo da gazela.