Ontem, 17/11 marcou os 11 anos deste evento.
O #PaysanduDay
Não vou falar nada, só leiam a matéria:
http://www.correiodopovo.com.br/Esportes/?Noticia=476273
17/11/2012 08:16 - Atualizado em 17/11/2012 08:51
Ex-dirigente do Paysandu reacende polêmica após quase descenso do Inter
José Artur Guedes Tourinho garantiu que quatro jogadores se venderam antes do jogo
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Ex-dirigente do Paysandu reacende polêmica após quase rebaixamento do Inter
Crédito: Carlos Silva / CP Memória
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"Quatro jogadores do Paysandu se venderam.
Não tenho provas e, por isso, não vou citar nomes, mas é certo que
aconteceu." Assim, o ex-presidente do clube paraense fala, pela primeira
vez, sobre os rumores que cercaram a partida daquele 17 de novembro de
2002. José Artur Guedes Tourinho hoje está afastado do futebol e ocupa a
presidência da Junta Comercial de Belém. Na época, presidia o Paysandu.
'É a lei da oferta e da procura. A torcida não aceita que um clube do
tamanho do Inter caia", observa.
• Jogo marca surgimento de novo Inter
Tourinho
revela detalhes de como tudo teria acontecido. Segundo ele, o assédio
começou na quinta-feira que antecedeu a partida, quando os primeiros
contatos de pessoas ligadas ao Inter ocorreram. No dia seguinte,
prevendo que a oferta também chegaria aos jogadores, Tourinho procurou
um contraveneno: uma premiação extra para vitória, não para derrota.
Buscou junto à Amazônia Celular um bicho extra de R$ 50 mil para dividir
entre os atletas. "Na sexta-feira à noite, peguei os R$ 50 mil, juntei
com mais R$ 20 mil do caixa do Paysandu e fui para o hotel da
concentração. Reuni o grupo, olhei na cara de cada um e disse: "Tem
alguém que quer se vender aqui?". Ninguém confirmou. Então, disse que
daria os R$ 70 mil para o time ganhar do Inter. O rebaixamento do Inter
seria uma notícia mundial, e todo mundo ganharia, inclusive o
patrocinador", afirma ele.
Mas o plano teria dado errado. "Os
quatro jogadores tiveram uma reunião com um empresário no sábado,
véspera da partida. Foi no almoço. Acho que foi ali que acertaram tudo",
lembra. Hoje, o empresário citado encontra-se preso em Belém acusado de
duplo homicídio.
O ex-presidente do Paysandu conta que, depois
do jogo, foi até o vestiário sob um chuva de moedas atiradas pela
revoltada torcida. Chegando lá, conta que perdeu a razão e tentou
agredir um dos "vendidos". 'Fui para cima dele. Mas o pessoal separou",
conta. Segundo Tourinho, houve também um sério desentendimento dos
quatro atletas com o resto do grupo. Afinal, segundo a versão do
dirigente, os quatro receberam uma bolada, enquanto que os outros nem os
R$ 70 mil puderam amealhar.
Para Clemer, "papo-furado"
Já
na época da partida, as informações de que alguns jogadores do Paysandu
teria "facilitado" circulou tanto em Porto Alegre quanto em Belém. A
manchete do jornal O Liberal, um dos principais do Pará, anunciou no dia
seguinte ao jogo: "Papão envergonha a Fiel".
O Correio do Povo
também noticiou o fato e naquele época entrevistou Tourinho, que
confirmou ter sido assediado por "pessoas interessadas em intermediar um
encontro" entre ele e dirigentes colorados. Hoje, como naquela época,
todos ligados ao Inter negam com ênfase e indignação: "Isto tudo é
papo-furado. Aquele jogo foi muito difícil", relembra Clemer.