Gauchão de 2001.
Grêmio venceu o turno com 19 pontos.
Inter ficou em quinto, com 11 pontos.
Isso mesmo. Em quinto. No Gauchão.
No returno, Juventude ficou em primeiro, com 15 pontos.
Grêmio em terceiro, com 11 pontos.
Inter em quarto, com 10 pontos.
Final: Grêmio e Juventude.
O Grêmio venceu as duas partidas. 3 x 2 e 3 x 1.
Em 2002 fizeram aquela palhaçada do Supercampeonato Gaúcho e o Grêmio foi eliminado.
Mas manteve uma invencibilidade em Grenais, que vinha desde 16/07/1999 até 28/10/2002.
A Revista Placar publicou uma matéria intitulada "E agora, Inter", questionando o que o Inter poderia fazer para superar o rival que o massacrava.
E eles fizeram.
Assumiram que tinham que voltar a ganhar grenais. E ganharam.
Assumiram que tinham que voltar a ganhar campeonatos gaúchos. E ganharam.
Assumiram que tinham que ganhar títulos de expressão. E ganharam.
E o Grêmio segue imaginando, a cada ano, que por encanto vai montar uma equipe vitoriosa capaz de ganhar uma Libertadores.
Cansei de ouvir torcedor dizendo: não importa Gauchão, quero Libertadores.
Ganhar Grenal, ganhar Gauchão é o caminho para se formar um time campeão.
É ganhando Gauchão que tu evita que um jogador trema as pernas em um clássico.
É ganhando Gauchão que um jogador não se apequena em uma decisão fora de casa.
É ganhando Gauchão que se evita que a torcida comece a chorar em uma semifinal de Copa do Brasil, com 15 minutos de jogo.
É taça.
É olhar a lista de títulos da década e não ver uma página quase que em branco.
Estamos indo para dois anos sem vitórias em Grenais.
Cinco anos sem qualquer título.
14 anos sem título de expressão.
Desde 2002, foram só 3 Gauchões e uma série B.
Seguimos com zero pontos em nove disputados.
E estamos a seis pontos da Zona de Rebaixamento.
Que Deus ilumine o Felipão.
E agora, Grêmio?
