segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Seria melhor o silêncio

Desde março, após o que ocorreu com o Tinga, que eu comento que o Grêmio e a sua torcida deveria ter cuidado com essa questão de injúrias raciais na Arena.
O assunto não estava mais em evidência e alguns torcedores insistiram com o péssimo hábito de usar a palavra "macaco" nas músicas da torcida.
Agora, o Grêmio está prestes a tomar uma punição.
Pode-se até argumentar que o assunto tinha caído no esquecimento e os torcedores erraram na quinta-feira. 
Mas não se pode falar isso com o que aconteceu no Domingo, pois alí, alguns torcedores da Geral conseguiram se superar.
Mesmo após toda a crise que se originou na quinta-feira, em um jogo em que o país todo estava de olho no que acontecia na Arena, alguns torcedores da Geral cantaram músicas com a palavra "macaco".
Tínhamos que dar uma prova de que o racismo não representava a nossa torcida.
E alguns infelizes fizeram exatamente o contrário.

Eu sempre disse que não gosto de Torcida Organizada.
Acho que ela tira o grito espontâneo do resto do torcedor.
No período em que a Geral fez "greve de cânticos", a Arena voltou a cantar "Grêmio, Grêmio, Grêmio", o que não acontecia há muito tempo.
Sinto falta de quando um torcedor se levantava, dava um grito e logo o estádio todo estava cantando a mesma coisa.
Hoje só se cantam as músicas da Geral.
Músicas que, diga-se de passagem, não são atualizadas há uns 5 anos.

A Geral marcou uma forma inovadora de torcer, mas parou no tempo.
E não soube se apresentar em um momento crítico.
Desde a inauguração da Arena, tem sido foco de problemas para o Grêmio e para a Segurança Pública.
Faltou orientação para os torcedores que ontem deveriam ser mais comedidos e evitar, em definitivo, estes cânticos.
Mas a Geral resolveu provocar o clube, e, à própria torcida. A troco de uma provocação infantil contra o presidente Koff.
Agora, o Grêmio pode levar uma punição severa.
Podemos ficar vários jogos sem jogar na Arena.
Podemos ser excluídos de uma competição, algo vergonhoso para o clube.
E pior, ficamos com essa pecha de torcida racista.


sábado, 30 de agosto de 2014

Racismo, pó de arroz e coxa branca

E vem do centro do país uma avalanche de críticas ao Grêmio e à sua torcida.
Críticas generalísticas,
Acusam o clube a a integralidade da torcida por atos de poucos torcedores que cometeram atos lamentáveis.
Chamam o Grêmio de clube racista.
Chamam a torcida do Grêmio de a mais racista do país.

Recomendo a leitura deste post, sobre o fato do Grêmio ter sido um pioneiro em ter jogadores negros em sua equipe: http://www.blogdodemian.com.br/2014/03/origens.html

E pergunto: como ficam Fluminense e Coritiba?
Um é conhecido até hoje como "Coxa Branca", por não aceitar negros no time.

Outro é até hoje conhecido por "Pó de Arroz", por exigir que seus atletas negros se maquiassem para vestir a sua camisa.
Nunca ouvi qualquer história de jogador do Grêmio que se maquiou de branco para entrar em campo.
No RJ, Flamengo, Botafogo e Fluminense não aceitaram que o Vasco, que tinha jogadores negros, participasse de um campeonato.
Por que esses clubes não são chamados de racistas?

Opiniões

Algumas opiniões do centro do país sobre esse caso de injúria racial.



sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Abel em um dia de Fúria

Dica do leitor João Carlos:

Saiu Up-Mampituba.
Por aqui, saiu só a versão mais light.
Abel partiu para cima do WC.
E chamou o Leandro Behs de mentiroso....
Se sou eu quem fala isso, vem jornalista via DM no twitter me ofender....
Pois é...
Tá aqui: http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2014/08/29/abel-em-um-dia-de-furia-chama-reporter-de-mentiroso-e-ataca-comentarista.htm


Abel em um dia de fúria chama repórter de mentiroso e ataca comentarista

Jeremias Wernek
Do UOL, em Porto Alegre





Abel Braga vociferou contra os críticos de seu trabalho no Internacional.

Nesta sexta-feira, o treinador chamou um repórter de mentiroso e um comentarista de esclerosado. Exaltado ao falar do tema, o técnico ainda pediu que as fontes do jornalista fossem reveladas e afirmou que o trabalho dos profissionais viraram ataques pessoais a ele.

A bronca de Abel foi com o comentarista Wianey Carlet, da rádio Gaúcha e colunista do jornal Zero Hora. E também com o repórter Leandro Behs, do mesmo diário.

"De repente a função do D'Alessandro (suspenso) o Wianey pode fazer. Ele pode fazer, sabe de tudo. Ele só não sabe que a torcida me ama. E me ama por eu ser correto, honesto, homem. Isso aí acontece desde 1988. Não sou bruxo dele. Eu compro as pessoas com minha honestidade. É muito feio deixar as coisas no pessoal [...]O Wianey é esclerosado", disparou o treinador.

Abel Braga seguiu seu desabafo rebatendo uma notícia de que já havia iniciado conversações para renovar contrato com o Colorado. Segundo ele, a divulgação da informação foi uma retaliação pelo seu relacionamento com o jornalista.

"O Leandro (Behs) escreveu uma coisa ridícula e mentirosa. Que estou negociando com a oposição um contrato para 2015. Não preciso disso, meu camarada. Eu estou chamando ele de mentiroso e sei o motivo dessa notícia aí. Ele me pediu para fazer uma matéria com o Felipão na véspera do Gre-Nal e disse não. Ficar trocando beijinho antes do Gre-Nal antes do pau comer não dá. Eu vou no Bola da Vez hoje e sabe porque não faço aqui? Porque aqui a crítica é pessoal", discursou.

O comandante voltou a reclamar das manifestações de Wianey Carlet e listou seus feitos no Beira-Rio antes de fazer insinuações sobre o colunista.

"Eu nunca tive função dupla na minha carreira. Eu sou adorado e amado pelos colorados porque todos sabem do meu respeito e admiração pelo clube. Tivemos uma caída, tivemos mesmo. Mas não dá para ser assim. Lamento isso", comentou.

Foram sete minutos de manifestação sobre os dois jornalistas e depois Abel Braga seguiu a coletiva normalmente. Respondeu sem nenhum tom ríspido aos questionamentos sobre a má fase do time, as dúvidas na escalação e ainda pediu desculpas ao final do encontro com os repórteres.
"Eu tinha que falar, cara. Desculpa aí, mas eu sempre escuto, escuto, escuto e escuto. Espero que esteja saindo tudo ao vivo, para ninguém poder cortar nada", comentou.

O Internacional de Abel Braga volta a campo neste sábado, contra o Palmeiras, em jogo da 18ª rodada do Campeonato Brasileiro. A equipe acumula três derrotas seguidas e o ataque não marca há seis jogos.

Werley e os erros

O lamentável caso de racismo nos fez até esquecer outro evento lamentável no jogo do Grêmio.
Werley errou nos dois gols.
Mais uma vez.

E o Grêmio passou o jogo todo chutando, sem produzir nada de aprovetável.
Dai o Santos dá 4 chutes a gol e faz dois gols.

Agora, só milagre.
Senão, é mais um ano perdido.
E como não temos chance no campeonato brasileiro, é mais um ano sem taças.
Já são 4 anos sem uma tacinha.

É pra matar.