sábado, 30 de agosto de 2014

Racismo, pó de arroz e coxa branca

E vem do centro do país uma avalanche de críticas ao Grêmio e à sua torcida.
Críticas generalísticas,
Acusam o clube a a integralidade da torcida por atos de poucos torcedores que cometeram atos lamentáveis.
Chamam o Grêmio de clube racista.
Chamam a torcida do Grêmio de a mais racista do país.

Recomendo a leitura deste post, sobre o fato do Grêmio ter sido um pioneiro em ter jogadores negros em sua equipe: http://www.blogdodemian.com.br/2014/03/origens.html

E pergunto: como ficam Fluminense e Coritiba?
Um é conhecido até hoje como "Coxa Branca", por não aceitar negros no time.

Outro é até hoje conhecido por "Pó de Arroz", por exigir que seus atletas negros se maquiassem para vestir a sua camisa.
Nunca ouvi qualquer história de jogador do Grêmio que se maquiou de branco para entrar em campo.
No RJ, Flamengo, Botafogo e Fluminense não aceitaram que o Vasco, que tinha jogadores negros, participasse de um campeonato.
Por que esses clubes não são chamados de racistas?

Opiniões

Algumas opiniões do centro do país sobre esse caso de injúria racial.



sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Abel em um dia de Fúria

Dica do leitor João Carlos:

Saiu Up-Mampituba.
Por aqui, saiu só a versão mais light.
Abel partiu para cima do WC.
E chamou o Leandro Behs de mentiroso....
Se sou eu quem fala isso, vem jornalista via DM no twitter me ofender....
Pois é...
Tá aqui: http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2014/08/29/abel-em-um-dia-de-furia-chama-reporter-de-mentiroso-e-ataca-comentarista.htm


Abel em um dia de fúria chama repórter de mentiroso e ataca comentarista

Jeremias Wernek
Do UOL, em Porto Alegre





Abel Braga vociferou contra os críticos de seu trabalho no Internacional.

Nesta sexta-feira, o treinador chamou um repórter de mentiroso e um comentarista de esclerosado. Exaltado ao falar do tema, o técnico ainda pediu que as fontes do jornalista fossem reveladas e afirmou que o trabalho dos profissionais viraram ataques pessoais a ele.

A bronca de Abel foi com o comentarista Wianey Carlet, da rádio Gaúcha e colunista do jornal Zero Hora. E também com o repórter Leandro Behs, do mesmo diário.

"De repente a função do D'Alessandro (suspenso) o Wianey pode fazer. Ele pode fazer, sabe de tudo. Ele só não sabe que a torcida me ama. E me ama por eu ser correto, honesto, homem. Isso aí acontece desde 1988. Não sou bruxo dele. Eu compro as pessoas com minha honestidade. É muito feio deixar as coisas no pessoal [...]O Wianey é esclerosado", disparou o treinador.

Abel Braga seguiu seu desabafo rebatendo uma notícia de que já havia iniciado conversações para renovar contrato com o Colorado. Segundo ele, a divulgação da informação foi uma retaliação pelo seu relacionamento com o jornalista.

"O Leandro (Behs) escreveu uma coisa ridícula e mentirosa. Que estou negociando com a oposição um contrato para 2015. Não preciso disso, meu camarada. Eu estou chamando ele de mentiroso e sei o motivo dessa notícia aí. Ele me pediu para fazer uma matéria com o Felipão na véspera do Gre-Nal e disse não. Ficar trocando beijinho antes do Gre-Nal antes do pau comer não dá. Eu vou no Bola da Vez hoje e sabe porque não faço aqui? Porque aqui a crítica é pessoal", discursou.

O comandante voltou a reclamar das manifestações de Wianey Carlet e listou seus feitos no Beira-Rio antes de fazer insinuações sobre o colunista.

"Eu nunca tive função dupla na minha carreira. Eu sou adorado e amado pelos colorados porque todos sabem do meu respeito e admiração pelo clube. Tivemos uma caída, tivemos mesmo. Mas não dá para ser assim. Lamento isso", comentou.

Foram sete minutos de manifestação sobre os dois jornalistas e depois Abel Braga seguiu a coletiva normalmente. Respondeu sem nenhum tom ríspido aos questionamentos sobre a má fase do time, as dúvidas na escalação e ainda pediu desculpas ao final do encontro com os repórteres.
"Eu tinha que falar, cara. Desculpa aí, mas eu sempre escuto, escuto, escuto e escuto. Espero que esteja saindo tudo ao vivo, para ninguém poder cortar nada", comentou.

O Internacional de Abel Braga volta a campo neste sábado, contra o Palmeiras, em jogo da 18ª rodada do Campeonato Brasileiro. A equipe acumula três derrotas seguidas e o ataque não marca há seis jogos.

Werley e os erros

O lamentável caso de racismo nos fez até esquecer outro evento lamentável no jogo do Grêmio.
Werley errou nos dois gols.
Mais uma vez.

E o Grêmio passou o jogo todo chutando, sem produzir nada de aprovetável.
Dai o Santos dá 4 chutes a gol e faz dois gols.

Agora, só milagre.
Senão, é mais um ano perdido.
E como não temos chance no campeonato brasileiro, é mais um ano sem taças.
Já são 4 anos sem uma tacinha.

É pra matar.

Racismo, de novo

Já tinha escrito sobre isso em março, quando ocorreu aquele caso com o Tinga.
Mantenho tudo o que eu falei.
Tá aqui:http://www.blogdodemian.com.br/2014/03/racismo.html
E também recomendo este post: http://www.blogdodemian.com.br/2014/03/origens.html

A torcida do Grêmio não é racista.
Mas tem racistas na torcida do Grêmio.
Como os engenheiros não são racistas.
Mas tem engenheiros que são racistas.
Como os médicos não são racistas.
Mas tem médicos que são racistas.
Como os colorados não são racistas.
Mas tem colorados que são racistas.
Até acho que o termo macaco era racista sim há 70 anos.
Hoje ele tem o intuito de provocar.
Mas isso não justifica em hipótese alguma o uso dessa palavra.
Temos que pensar com o outro se sente ao ouvir isso.
Como este termo repercute na sociedade.
E o mal que isso faz à imagem do Grêmio.
Temos que pensar como um investidor vai querer vincular o seu nome na Arena se acontecem fatos como do jogo de ontem.
Temos que pensar como qualquer patrocinador vai querer colocar o seu produto na nossa camisa se aparecemos nos noticiários, reiteradas vezes, em notícias sobre racismo.
É injusto imputar ao Grêmio esta fama? Com certeza.
É injusto punir toda a torcida pelos atos de poucos? Sem dúvida.
Mas o mundo não é justo.
Há sim um julgamento público nesses casos.
E a má fama pega e pega forte.
E é isso que o torcedor tem que se dar conta.
Há uns meses eu falei que a torcida tinha que parar de usar o termo macaco, pois achava que logo logo o Grêmio seria severamente punido por algo assim.
E a torcida deu mole.
Deram sopa para o azar.
Temos que abolir este termo pois não queremos ter essa fama injusta.
Chega disso.
Não venham me dizer que isso é "algo cultural".
Não é. Não é tradição do Grêmio.
Macaco, nunca mais.