sexta-feira, 6 de maio de 2016

Frustração esperada

Como, infelizmente, era previsto, o Grêmio foi eliminado de mais uma Libertadores.
Mais uma vez que sequer passamos das oitavas de final.
Era previsível isso.
Mas não precisava ser tão humilhante.
Temos visto um Grêmio completamente sem alma.
Sem ambição.
Jogadores entram em campo e se ganhar ou perder dá no mesmo.
São jogadores que quando o time leva um gol, abaixam a cabeça.
Isso não é Grêmio.

E que planejamento mal feito.
Grêmio priorizou a Libertadores, mas colocou titulares quando não devia no Gauchão e colocou reservas quando não podia na Primeira Liga.
Fomos para uma decisão da Libertadores com Fred e Bressan na zaga.
Como explicar que no começo do ano o Grêmio tinha como prioridade trazer um zagueiro. Trouxeram o Kadu. Depois dispensaram o Kadu (mas seguiram pagando parte do salário) e não trouxeram ninguém.
Lembrou muito aquela vez que o Grêmio foi de Lins e Viçosa para decidir uma vaga na Libertadores.
Isso não existe.
Isso não é planejamento.
Isso não é nada!

E a cachumba?
Que coisa ridícula!

Que saudade do Grêmio dos anos 80.
Um Grêmio que empilhava títulos estaduais e conquistou o Brasil a América e o Mundo.
Saudade do Grêmio dos anos 90, que nos dava cada susto, mas brigava em campo e ganhava.
Saudade do Grêmio do começo dos anos 2000.
Grêmio do Tite.
Grêmio que em uma pesquisa do Jornal da Globo, elegeu o Grêmio como time que deveria vestir a camiseta da Seleção Brasileira na Copa de 2002.
Grêmio que era chamado de exemplo para os outros clubes.
Grêmio que se dizia que tinha uma escola de dirigentes.
Aí veio o Obino se lançar a presidente, aclamado pelo Conselho.
Daí deu merda.
E estamos na merda até hoje.
Desde então, foram só 3 títulos gaúcho.
Três.
O último em 2010.
Lá se vão 6 anos.
Quem tinha 15 anos naquele título, hoje já tem 21.
Quem tinha 15 anos no título da última Copa do Brasil, hoje já tem 30 anos.
É muito sofrimento para a nossa torcida.

E o mais triste é que já é comum falar com gremistas que dizem: eu não vi o jogo, não tenho acompanhado.
O Grêmio está virando só uma camisa.
O torcedor compra a camisa e esquece o clube.
Ou vai para a Arena fazer snapchats para os amigos e nem se importa com o time em campo.
É um caminho perigoso para o qual o Grêmio começa a ai.
O caminho da indiferença.

Sem contar a nova geração que vem surgindo aí, com mais interesse em clubes da europa que os clubes daqui.
Que interesse eles terão pelo Grêmio? 
Um time que entra em campo e não tem nada para mostrar?
Um time que não vibra. Que não tem alma?

Mas ainda tem como reverter isso.
Eu sou da teoria que o Grêmio precisa é ter um só objetivo.
Ganhar uma taça.
Qualquer taça.
Ao menos para acalmar os ânimos.
Criar uma base vencedora no clube, com jogadores que não sumam em decisões.
São esses jogadores que, após vencer umas três taças, vão poder disputar uma Libertadores, ao invés daquele bando de guris e velhos de barbas brancas que pareciam estar cagados em campo.


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