Terça-feira, eu escrevi aqui que o auditor do STJD, Delegado Mauro (obs: Delegado Mauro que foi o auditor do Caso do PDF Falso e não no Caso Victor Ramos, como muito jornalista está dizendo), estava criticando a FGF por não cumprir uma ordem do Tribunal na primeira rodada do Gauchão, quando não deveria ter torcidas de Grêmio e Inter nos estádios.
Sendo que ele também disse que deveriam cumprir agora a decisão.
Tudo começou com essa decisão:
Está ali, bem claro: afastando as torcidas organizadas de ambos os clubes por 3 jogos no Campeonato Gaúcho, tanto na condição de mandante, quando na condição de visitante, mantendo vazio o espaço que é destinado a esse tipo de torcida.
O Inter então, se fazendo de desentendido, entrou com Embargos de Declaração, o que aumentou a pena, estendo a punição à toda a torcida, quando fosse visitante:
Portanto, graças ao Inter, não poderia ter torcidas organizadas na Arena e no Beira-Rio e não poderia ter ingressos para o torcedor em geral da Dupla quando fossem visitantes.
Então, em reunião com a maravilhosa FGF, se criou um "entendimento" de que a punição era só para as organizadas, e saíram vendendo ingressos.
Então ontem, saiu nova decisão, confirmando a anterior, sem a "interpretação da FGF".
E mais essa decisão:
O problema é que a decisão foi horas antes do jogo.
E mais: o estádio do Aimoré não tem espaço para visitantes.
O resultado foi o que vimos ontem: torcedores do Grêmio, uniformizados chegando ao estádio e tendo que tirar a camisa para entrar no estádio.
No meu entendimento, a FGF errou gravemente ao "interpretar a decisão", bem como, acho que faltou bom senso no caso de ontem, quando já tinham torcedores na fila do estádio.
Bem como: acho que a decisão ficou ruim de ser executada, o melhor teria sido, após os catastróficos Embargos de Declaração do Inter, terem conversado com o STJD para retomar a decisão anterior, que punia apenas as organizadas.
Quem sofre com tudo isso? O torcedor.
E como sempre: o do Grêmio.
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