segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Quero só ver.

Marcelo Moreno revidou uma agressão do Rafael Sóbis, deu uma cotovelada no jogador do Fluminense e foi expulso. Pegou ainda 4 jogos de suspensão.
Leandro Damião chutou Saimon no último Grenal de 2011. Nada aconteceu.
Leandro Damião chutou um jogador do Santa Cruz, no Gaúchão 2012. Nada aconteceu.
Leandro Damião deu uma cotovelada no Saimon, sem prévia agressão. Foi expulso.
Quero ver quantos jogos de gancho tomará.

Grenal

Que final de semana emociante para a torcida Gremista.
Desde sexta-feira, milhares de torcedores foram ao Olímpico se despedir do estádio que nos deu tantas alegrias. Foram tirar as últimas fotos, contemplar pela última vez o estádio.
Para, domingo, termos o último jogo. Um Grenal.
O Grêmio sem seu ataque titular, viu o Sport Club ser colocado como favorito pela Imprensa durante a semana.
Porém, ambos os times entraram cautelosos. O Grêmio com um André Lima isolado.
Ficou claro que o melhor caminho para o Grêmio seria jogar em cima do Ratinho, o que Anderson Pico tentou algumas vezes, sem que o Grêmio aproveitasse as oportunidades.
Mas, por um pragmatismo do técnico Luxemburgo, ao invés de colocar o Leandro mais cedo em campo, para aproveitar essa jogada, o técnico escolheu deixar tal substituição para o segundo tempo.
Aí, o Sport Club resolveu apatifar o jogo.
Muriel Boné ia tomar um gol antológico, por cobertura. Resolveu fazer o que mais sabe fazer: borboleteou e meteu a mão na bola fora da área e foi expulso. 
Aconteceu o pior para o Grêmio: Ratinho saiu. 
Com um jogador a mais, o Grêmio cresceu em campo, dominou a partida.
Outro ponto crucial da partida: Werley sentiu uma pancada na cabeça e teve que sair para entrar Saimon, o que perturbou a defesa gremista.
Mas também perturbou Leandro Damião, que fez falta violenta em Saimon e foi expulso. Nova apatifada do Sport Club para parar o jogo.
O Grêmio pressiona. O Sport Club, então, resolve avacalhar de vez com o jogo. Osmar Loss chuta para longe uma bola (este ano, Kleber Gladiador foi expulso pelo mesmo Heber Lopes por jogar a bola um pouco para a frente em uma cobrança de falta, mas Loss não foi expulso por isso).
Saimon se irritou e empurrou o treinador do Sport Club. Virou briga a partida.
Saimon e Loss expulsos.
Então, um rojão, vindo não sei de onde (talvez da torcida do Inter ou de alguém infiltrado na torcida do Grêmio) não atinge o preparador físico do Sport Club. Mas em uma atuação que lembrou do goleiro Rojas, ele cai no chão.
Mais confusão.
O jogo poderia ter uns 10 minutos de acréscimos. Mas Heber resolve se mandar e aproveitas as diárias que recebeu por apitar o jogo e termina a partida.
Daí, a cena mais incrível. D'Alessandro, QUE NÃO JOGOU NADA NO GRENAL, resolve voltar para a barca e comemorar junto à sua torcida, pelo fato de não terem perdido e que a apatifada que fizeram ter dado certo.
E a torcida, e imprensa, vibraram com isso.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Ah, a imprensa...

O Grêmio tratava da renovação do Luxemburgo e surgiam notícias de dispensas e contratações.
Foi o suficiente para uma enxurrada de notícias sobre insegurança no grupo do Grêmio, com medo dos jogadores serem dispensados ou estarem fora dos planos de 2013.
Agora, Dunga passa uma semana em uma modorrenta negociação com o Sport Club e já vem falando em mudar atitude no vestiário e renovar o grupo.
Ninguém publicou nada sobre insegurança no grupo.
Igual, ninguém falou nada sobre o Sport Club ir para o clássico com o aprendiz de técnico, Osmar Loss.

Há 30 anos

Saiu na coluna Há 30 anos, da ZH de hoje.
E eu achando que o caso Alex, em 1991, tinha sido algo inédito.


quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Adeus, Olímpico.

Não sei ao certo quando comecei a ser gremista.
Nasci em 1977. Quadro dias após o meu nascimento teve o Grenal 229. Grêmio venceu por 3 x 0.
Lembro de ter na janela do meu quarto um adesivo do "Sócio dos 80 anos". Tinha um uniforme do Grêmio que usava bastante.
Com certeza o adesivo na janela e o uniforme foram técnicas do meu pai para me fazer ser gremista. 
Deu certo.
A primeira vez que fui no Olímpico, eu tinha 9 anos. Meu pai era amigo de alguém do jurídico do Grêmio e ficamos na Tribuna de Honra. Confesso que foi meio estranho, eu, todo entusiasmado com o jogo, agitando a minha bandeira, cercado de nobres gremistas que pareciam que estavam assistindo a uma ópera.
O Grêmio ganhou do Juventude por 4 x 0. No time tinha Mazaropi, Baidek, Renato, Valdo... 
E após o jogo, tivemos acesso ao vestiário e pude pegar autógrafos dos jogadores. 
Naquela época, o futebol era no rádio. Raramente passava na televisão, ainda mais, jogos do Grêmio. Não tínhamos a fartura que há hoje.
Sequer havia produtos de marketing. A antiga lojinha do Grêmio parecia um depósito, com um balcão.
Mesmo assim, a gurizada acompanhava o Grêmio como podia.
Então, passei anos sem ir ao estádio, voltando apenas em 1993, machucado pelo rebaixamento no ano anterior.
Aí sim, posso dizer que foi a minha estréia no Olímpico. Na social. 
Quem não se admira em ver aquele monumento de concreto? Aquele tapete verde.
Aquelas arquibancadas que aos poucos eram lotadas pelos torcedores.
Sentir o cheiro da pipoca, do amendoim. Ouvir os vendedores de café e achar engraçado os vendedores de whiskey, vestidos como garçons de restaurantes duvidosos e com cara de que metade da garrafa do whiskey foi bebida pelos próprios vendedores.
Não recordo contra  quem foi o adversário, mas iniciei um período de frequência assídua ao Olímpico. Ia em quase todos os jogos, até 2000.
Vi o Grêmio sendo campeão gaúcho, vencendo Grenais. 
Ganhando uma Copa do Brasil. 
Perdendo uma Copa do Brasil ao som do Hino Gremista. 
Vi o Grêmio jogando uma Libertadores e fazendo a primeira partida da final contra o Nacional da Colômbia. 
Vi o Grêmio sendo campeão brasileiro, em uma partida dramática. Tensa.
Vi o Grêmio renascendo uma segunda vez.  
Não programei uma despedida do Olímpico, fui em alguns jogos nos últimos anos, neste ano, especialmente, gostei da virada em cima do Cruzeiro, essa partida teve um ar especial de despedida.
Melhor assim, uma despedida aos poucos, serena. 
Para então, sem perceber, já terei várias boas lembranças na nossa nova casa.