sábado, 17 de agosto de 2013

O Caso Ruben Paz

Gosto muito de acompanhar a coluna Há 30 anos, da Zero Hora, pois é a oportunidade de reler como a imprensa noticiou fatos que hoje nos conhecemos como história.
Pena que a coluna é pequena. Seria interessante se fosse disponibilizado o jornal inteiro em um site.

Mas tudo bem.

Atualmente estão sendo publicadas as notícias sobre o caso do Ruben Paz.

O que foi isso?! - pergunta o leitor novinho.

Em 1983, o Inter queria contratar o zagueiro Oliveira, do Peñarol, mas teria o problema do excesso de estrangeiros.
Então, algum gênio teve a ideia: vamos naturalizar o Ruben Paz.
Daí deu merda.
O jogador pediu que o clube lhe pagasse valores que estavam atrasados (35 mil dólares) e uma compensação financeira.
Como o clube não aceitou, explodiu uma crise que foi noticiada na época (ao contrário do que ocorre hoje).

Vejam a sequencia das notícias.
Contribuição do Alexandre Saldanha que digitalizou as colunas:

09/08:
 

10/08:

11/08:

12/08:


13/08:



14/08:

15/08:




sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Comentário Up-Mampituba


 http://blogdojuliogomes.blogosfera.uol.com.br/2013/08/16/dunga-o-zangado-dunga-o-mestre-dunga-o-feliz/

Dica do leitor Karlo:

Dunga, o Zangado. Dunga, o Mestre. Dunga, o Feliz?
juliogomes
16/08/2013 00:36

Dunga sempre me deu medo. Cobri muitos jogos da seleção em 2006, 2007 e 2008, depois disso a Copa de 2010. E nunca me senti confortável ao lado de Dunga. Nada contra o cara! Aliás, amigos em comum, da TV Bandeirantes, onde ele trabalhou e eu também, sempre me falaram só boas coisas. Não me dava mal e nem me dava bem, era uma relação distante e profissional. Mas sempre tive medo do cara!

Dunga te passa a constante impressão de que, pergunte o que você pergunte, responderá com uma porrada. Ele passa a impressão de achar que todo mundo está ali com a única intenção de provocá-lo ou criticá-lo. E talvez seja assim mesmo, siga sendo e sempre será. Está cheio de gente no mundo que vive na defensiva, com dez pedras na mão. Ele, digamos, tem uma postura defensiva que vira ofensiva em questão de décimos de segundo.

Há quem diga que é rancor, que é mágoa pelas porradas que levou depois da Copa de 90. Mas nunca vi ninguém vir a público falar que, antes de 90, Dunga era um sujeito agradável com a imprensa, bonzinho, hiper educado. Possivelmente, esse jeito de ser seja apenas um jeito de ser, sem relação alguma com críticas do passado, do presente e do futuro.

Dunga, o Zangado. O homem que não xinga o gandula, que vai lá e aperta o braço dele no momento do esporro. Na minha opinião, encostar no garoto é cruzar o limite, mas percebe-se claramente que ele não se controla. É o homem que dispara todos os palavrões possíveis e imagináveis quando seu time faz um gol aos 49 minutos do segundo tempo. Eu também faço isso! Mas eu faço isso… rindo. Não é possível que o Willians não tenha ficado assustadíssimo naquela hora do terceiro gol, quando foi ao banco comemorar com o técnico e ouviu uma incrível seleção de impropérios. Eu até me encolhi no sofá de casa!

Aí, vem a coletiva. É porrada atrás de porrada. E às vezes eu tenho a nítida impressão de que ele não acha que está sendo bruto com o perguntador. Ele não percebe a mistura de agressividade e ironia que imprime em quase todas as respostas. Ou percebe, sei lá. Me lembro como se fosse ontem da famosa coletiva depois do jogo contra a Costa do Marfim, lá na África do Sul. Aquela do “cagão de merda”, lembram? O Alex Escobar, da Globo, estava sentado duas fileiras atrás de mim, na mesma diagonal. Parecia que o Dunga estava resmungando para mim e eu fiquei alguns minutos pensando “caceta, o que eu fiz?”. Não era eu. Ufa.

Cobrir o Inter todos os dias não deve ser nada nada nada fácil.

Dunga, o Mestre. Com tudo isso que acabo de escrever, é impressionante a ascendência de Dunga sobre seus jogadores de futebol. São todos “Dunguistas”. Todos. Em todos os meus anos cobrindo a seleção brasileira, eu nunca vi uma tão fechada com seu treinador como a de 2010. E isso inclui a família Scolari. Nenhum, nenhum jogador com quem conversei falou um “A” sequer de Dunga. Nenhuma crítica. Nenhuma insinuação. Nenhuma reclamação. Nenhum desabafo. Nadica de nada.

Os jogadores jogam por ele, correm por ele, suam por ele, vibram por ele. E isso, amigos, não é pouca coisa. Não há nada mais gratificante para um chefe do que ter um grupo de amigos, mais do que subordinados. E um técnico de futebol não deixa de ser um chefe, oras. No futebol, esse tipo de círculo que se fecha com treinador e jogadores costuma acabar em ótimos resultados.

Na seleção brasileira, sejamos justos, Dunga ganhou tudo, exceto a Copa. O time tinha cara, um jeito de jogar, coerência, personalidade, paixão. Tinha tudo o que se pode pedir. Mas perdeu um jogo, acontece. Talvez porque tenha faltado controle? É, talvez.

O chefe Dunga certamente é mais Mestre do que Zangado em seus relacionamentos de trabalho, porque senão os jogadores não fariam o que fazem por ele. Se ele fosse, no dia a dia, o mesmo cara da coletiva… ninguém aguentaria.

E aí chegamos ao Internacional. Um clube que montou bons elencos nos últimos anos, conseguiu as sonhadas Libertadores, mas não ganhou o Brasileiro. Lá se vão 34 anos sem um Brasileiro, muita coisa para um clube desse tamanho. O elenco atual não é muito diferente dos outros anos: é bom. Ótimo, até. Sem dúvida, no papel, candidato ao título. Como os outros.

Será que Dunga será o fator diferencial? Quem me acompanha sabe que eu considero o Corinthians favorito para ganhar o Campeonato Brasileiro, não vejo nos rivais força para aguentar a maratona que é essa competição. Quando penso no Inter, penso sempre no fator campo. Jogar fora de seu estádio é fogo. Viajar sempre cansa. Não ter casa é um problemaço. E pontos escorrem, como aqueles contra o Bahia.

Mas não dá para descartar, né. Não sou tão maluco assim. Aliás, que o Inter acabará no G-4 é uma certeza que eu tenho.

Se alguém perguntar a Dunga se ele é um cara feliz, eu não tenho dúvida de que a resposta será “claro”. O difícil é pra nós, de fora, saber quando ele está feliz. Será que saberemos no final do Brasileirão? Será que haverá um sorriso naquele rosto? Uma expressão de alegria, emoção?

Zangado e Mestre, nós já sabemos que Dunga é. Será que um dia veremos o Dunga Feliz?

Recordar é viver

Post de 22 de abril: 
http://www.blogdodemian.com.br/2013/04/gandulas-versao-2013.html



"Tem que mandar bater"




O cidadão é MÉDICO.
Um profissional que cuida da saúde das pessoas.
E diz que seus jogadores deveriam bater em outras pessoas.
Inacreditável.
Será que o Paulo Schimidt viu isso?

16/08/2013 00:31 - Atualizado em 16/08/2013 00:41

Souto de Moura revela que disse para Dunga "mandar Inter bater"

Dirigente reclama da arbitragem por pemitir jogo violento do Botafogo

O diretor de futebol do Inter, Luiz Cesar Souto de Moura, desabafou sua insatisfação com a arbitragem, após o empate do Inter com o Botafogo nesta quinta-feira. O dirigente revelou que, no intervalo, cobrou o treinador pela diferença de faltas a mais cometidas pelos donos da casa em relação ao Colorado: "Eu disse para o Dunga: 'Tem que mandar bater'".

Para Souto de Moura, a arbitragem permitiu ao Botafogo usar de um futebol violento e parar o jogo. "Quanto terminou o primeiro tempo, estavam 15 faltas para o Botafogo e cinco para o Inter", reclamou. "Não gostei de ver aquele placar de faltas, pois poderia mostrar um desequilíbrio, no mínimo, de ânimo. Mas a verdade é que houve uma enorme tolerância de um lado", avaliou o diretor.

"É um negócio absurdo permitir o que se permitiu", reforçou Souto de Moura, criticando também aspectos de fora das quatro linhas. "Temos que nos aculturar a jogar no Maracanã de novo. Aqui o gandula joga. Isso foi apontado pelo Dunga para o árbitro e continuou acontecendo do mesmo jeito", protestou o dirigente. "Meu diagnóstico é de que a arbitragem brasileira está em crise de desempenho e que as instituições precisam ter atenção", frisou.

Por conta dessa análise, Souto de Moura relatou que compreende a reação de Dunga ao discutir com um dos gandulas da partida. "O Dunga é um sujeito intenso. Mas é uma personalidade de treinador que me agrada, pois sente o clima e bota emoção no que faz", ponderou. "No Maracanã ainda existe uma questão do campo, pois agora a torcida está mais perto e se manifesta mais", justificou o diretor. 
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Só para informar:

CÓDIGO BRASILEIRO DE JUSTIÇA DESPORTIVA:

Art. 258. Assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas demais regras deste Código.

PENA: suspensão de uma a seis partidas, provas ou equivalentes, se praticada por atleta,mesmo se suplente, treinador, médico ou membro da comissão técnica, e suspensão pelo prazo de quinze a cento e oitenta dias, se praticada por qualquer outra pessoa natural submetida a este Código. 

§ 2º Constituem exemplos de atitudes contrárias à disciplina ou à ética desportiva, para os fins deste artigo, sem prejuízo de outros:

II - desrespeitar os membros da equipe de arbitragem, ou reclamar desrespeitosamente contra suas decisões.   

Ou este: 

Art. 243-D. Incitar publicamente o ódio ou a violência.

PENA: multa, de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais), e suspensão pelo prazo de trezentos e sessenta a setecentos e vinte dias.

Parágrafo único. Quando a manifestação for feita por meio da imprensa, rádio, televisão, Internet ou qualquer meio eletrônico, ou for praticada dentro ou nas proximidades da praça desportiva em que for realizada a partida, prova ou equivalente, o infrator poderá sofrer, além da suspensão pelo prazo de trezentos e sessenta a setecentos e vinte dias, pena de multa entre R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) e R$ 100.000,00 (cem mil reais).
 

 

 

3 pontos em 12

Só para lembrar: O melhor e mais unido grupo do Brasil fez 3 pontos em 12 disputados.
Aproveitamento de 25%.
Aproveitamento de rebaixado.