Frase do MM.
No começo do ano, se dizia que ele era descendente da alta linhagem colorado.
Neto, filho e sobrinho de presidentes do Inter.
Cogitado até para próximo presidente do Inter.
Como foi, ano passado, o Luciano David.
Mudou muito a situação desde o começo do ano.
No começo do ano, deu essa
declaração:
Onda vermelha08/12/2012 | 16h03
Vice-presidente eleito, Marcelo Medeiros vê o Inter como um "mar grande e bom de surfar"
Surfista convicto, dirigente será o braço direito de Giovanni Luigi na próxima gestão
No escritório, Medeiros mostra as lembranças de Inter e de surf
Foto:
Mauro Vieira / Agencia RBS
Em uma certa tarde de outubro, Marcelo Medeiros recebeu um
telefonema. Era uma chamada do presidente Giovanni Luigi, que foi
direto na pergunta, precedida por um breve "alô":
_ Gostarias de ser vice-presidente do Inter?
Neto de Afonso Paulo Feijó, filho de Gilberto Medeiros e sobrinho de
Marcelo Feijó, todos ex-presidentes do clube, Marcelo Medeiros respondeu
de pronto:
_ É claro que sim. Um convite desses não se recusa, presidente.
Aos 52 anos de idade, 24 deles como conselheiro do Inter, o advogado
esperava pelo dia em que a convocação chegaria. Acabou eleito 1º
vice-presidente do clube na noite de 8 de novembro. Dois meses antes do
convite presidencial, Marcelo havia passado 10 dias em Salina Cruz, um
dos paraísos do surfe mexicano, com um grupo de amigos. Entre eles, o
bluesman porto-alegrense Fernando Noronha. Com quatro décadas dropando
as ondas e viajando por 11 países diferentes com a prancha no avião ou
no rack, desde a Praia da Cal, em Torres, até Mentawai, na Indonésia,
Marcelo está na Calçada da Fama da Federação Gaúcha de Surfe.
_ Minha próxima viagem será para a pré-temporada, em Gramado _ conta
Marcelo, sabedor de que o novo desafio vai tirá-lo por algum tempo do
surfe. _ Mas vejo o Inter como um mar grande e bom de surfar _ completa.
Marcelo garante que não será ele o novo vice de futebol do Inter.
Tenta evitar o tema, por vezes,
mas está sendo preparado para ser
candidato a presidência do clube em um futuro próximo. Advogado, dono de
uma das maiores bancas do Estado, a Campos Advocacia Empresarial, ao
lado do sócio Marco Antônio Campos, ele divide a vida em cinco pilares:
família, Inter, surfe, escritório e amigos. Ao falar sobre futebol,
começa lembrando Paulo Roberto Falcão.
_ Gosto de um time com um camisa 5 que saiba jogar. Falcão não foi o
maior 5, foi o maior jogador da Era Beira-Rio. Depois dele, vem o
D'Alessandro. E o Fernandão foi o maior líder de time em campo _ afirma
Medeiros.
O herdeiro de Gilberto Medeiros promete buscar a união do clube. Vai
procurar pessoalmente integrantes de outros movimentos, até os de
oposição à gestão Luigi, a fim de tentar uma reunificação mínima que
seja do clube _ sobretudo em um ano de dificuldades como promete ser o
de 2013. Marcelo lembra que o pai costumava observar Fernando Carvalho.
Ainda um jovem colaborador do departamento jurídico e aspirante a
diretor das categorias de base, nos anos 80, Carvalho já chamava a
atenção do experiente dirigente.
_ O pai sempre me orientava: "Te aproxima do Fernando Carvalho. Esse
guri vai dar bom". Meu pai me ensinou muita coisa e morreu um dia antes
de a minha filha nascer... _ comenta Marcelo, no único momento em que
seus olhos ficam marejados, em mais de duas horas de conversa.
Hoje, Laura está com 14 anos e já deixa os cabelos do pai-coruja um
pouco mais brancos. Marcelo segue rodeado de colorados. A mãe, Alzira,
75 anos, é quem mais entende de futebol na família e a mulher, Luciana, é
mais fanática que ele, assegura o novo dirigente, que costuma deixar o
estresse de lado em braçadas quase diárias na piscina do Leopoldina
Juvenil. Apesar do jeitão descolado, camisa, jeans e docksides, atrás da
sua mesa no escritório, Marcelo se autodenomina um mau humorado. Na
trilha sonora pessoal, o ecletismo com as músicas de Wishbone Ash,
AC/DC, Eagles, Supertramp, Macy Gray e Lynyrd Skynyrd parece contrastar
com o surfe e o suposto comportamento mais sisudo.
_ Gosto de gente mau humorada porque elas são as mais espontâneas. São as mais sinceras.
De "mar grande e bom de surfar" para "tá ruim e pode piorar".
O MM deu um wipe out na onda.
Deu vaca.