Quem acompanha o Blog sabe que há muito tempo eu falo que o Beira-Rio não vai ficar pronto no prazo dado pela FIFA (30 de dezembro) para a entrega dos estádios.
E sempre falei isso alertando para a possibilidade de Porto Alegre perder a Copa do Mundo, como perdeu a Copa das Confederações.
Vocês também já leram que eu tenho dito que o Clube da Malandragem vai "entregar" a obra em dezembro e vai fazer ajustes até maio, junho, por ali.
E pelo visto, está se confirmando a minha tese:
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/esportes/inter/noticia/2013/12/vice-presidente-do-inter-comenta-reforma-do-beira-rio-de-janeiro-a-abril-e-o-periodo-de-entrega-do-estadio-4353532.html
Entrevista04/12/2013 | 06h03
Vice-presidente do Inter comenta reforma do Beira-Rio: "De janeiro a abril é o periodo de entrega do estádio"
Diana Oliveira disse desejar que a construtora permaneça trabalhando no Beira-Rio até a reinauguração
Foto:
Bruno Alencastro / Agencia RBS
Aqueles torcedores que imaginam um Beira-Rio tinindo de novo e pronto
para o uso em 31 de dezembro de 2013 vão ter de segurar a ansiedade um
pouco mais. A data prevista no contrato entre o Inter e a construtora
Andrade Gutierrez para a entrega do estádio e do edifício-garagem
prontos é apenas uma formalidade em meio a um processo que deve se
estender até o final de março.
E o clube não demonstra preocupação (e nem afasta a possibilidade) de
que as obras físicas se estendam janeiro adentro. Em uma conversa de
quase uma hora no Centro de Eventos do Gigante (que pode entrar em um
negócio para a construção do piso do entorno do estádio), a
vice-presidente Diana Oliveira falou sobre o processo de retorno do
clube a sua casa e tratou da polêmica em torno da terceirização de
serviços no estádio.
Zero Hora — A reunião do Conselho Deliberativo que tratou da
terceirização de serviços no estádio ontem (segunda-feira) foi
conturbada. Qual a posição da direção?
Diana Oliveira — Na
justificativa da proposta enviada para o Conselho se salientou que, com
um processo de terceirização, o Inter perderia condição de proprietário.
Isso não é verdade, a operação é um item menor. O item maior sobre a
propriedade está no contrato assinado com a parceira (Brio) em março de
2012.
ZH — O Inter vem negociando ou estudando a possibilidade de terceirizar serviços no estádio?
Diana — Não.
ZH — A direção entende que seria uma possibilidade interessante?
Diana —
Tem de lidar com todas as opções. O Inter, hoje, pode optar por tocar
sozinho a operação nas suas áreas no estádio ou contratar alguns
serviços de uma operadora que tenha a expertise, especialmente em
eventos.
ZH — Como será o processo de entrega do estádio?
Diana —
Nossas equipes trabalham em temas a serem vistoriados. A parte de
instalações demanda atenção especial. Depois, outras frentes como
qualidade dos serviços, não conformidades _ quando entendermos que algo
deveria ter sido feito de outra forma _ e finalização de frentes de
trabalho. Trabalhamos com o processo de obtenção do Habite-se e
posterior licença de operação, protocolamos uma série de documentos e
depois vamos montar um processo de vistoria.
ZH — Até quando, na estimativa do clube, a construtora vai estar trabalhando no estádio?
Diana —
Eu gostaria que a construtora permanecesse até o evento de
reinauguração. Seria importante que a gente tivesse o acompanhamento,
diminuindo de forma gradativa o contingente, contar com o corpo técnico
da construtora. Do início de janeiro a abril é o período de entrega e
testes do estádio.
ZH — Não há problema para o clube se a construtora seguir trabalhando após 31 dezembro?
Diana —
Não, o clube precisa se adaptar. Não podemos inflar a folha salarial
com uma equipe de 30 pessoas para fazer uma entrega em sete dias.
ZH — Seriam obras até março?
Diana — Não
necessariamente obra. Um processo de assessoramento para a equipe que
vai assumir o controle da operação. É o corpo técnico da construtora
dando esse embasamento.
ZH — A construtora já se manifestou sobre o que pode não estar pronto até o dia 31?
Diana — Não. Ela mantém o compromisso de fazer a entrega até 31 de dezembro.
ZH — Em que pé está a solução para o piso do entorno do estádio?
Diana — Clube e Brio tentam viabilizar. Os projetos básicos e especificações que possibilitam uma cotação estão sendo providenciados.
ZH — Naming rights do estádio podem entrar nessa negociação?
Diana — Não. Inter e Brio terão de negociar os ativos que exploram para trazer um parceiro para pavimentar o entorno.
ZH — Pode ser o clube cedendo espaço no estádio?
Diana — Não, não é cessão de espaço, são novas atividades.
ZH — Que tipo de atividades?
Diana — Não posso falar.
ZH — Pode envolver o Centro de Eventos?
Diana — É uma possibilidade grande. Mas não envolveria uma coisa só.
ZH — A operadora que vai operar o Sunset Beira-Rio (espaço de
alimentação e bebidas sobre o novo estacionamento) pode operar mais
alguma coisa, por exemplo?
Diana — Pode.