sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

E segue aberta a torneira do dinheiro público

Recebi do Rafael Bonfá, no Twitter.


Não é novidade

Vocês leram no post anterior. 
O Governado Ilgo Meneghetti trouxe dragas da Bahia para realizar o aterro do Beira-Rio. 
Mas a Lei que doou o terreno ao Inter previa que a responsabilidade pela obra era do Inter.
A Lei está aqui.
Você já deve ter lido ela pois a usei neste post: http://www.blogdodemian.com.br/2013/01/cade-escola.html

Previa a Lei:


Mas as máquinas foram trazidas pelo Governo do Estado.
Assinam uma coisa, mas a conta vai para o Poder Público.
Foi assim nos anos 50.
É assim hoje.

Ah, mas estes gastos depois serão revertidos em favor da sociedade.
Os geradores serão usados pelo Governo.
As tendas serão usadas em programas sociais.
É?
Da mesma forma que a escola que era para ser feita no Beira-Rio?
Da mesma forma como a Prefeitura usa o Beira-Rio para eventos cívicos e aulas de educação física?

 Não vem me passar esse cachorro.

A história vem de longe

Esse papo de doações, isenções, obras públicas em favor de uma entidade particular e a promíscua vinculação de políticos com um clube de futebol vem de longe.


Olhem que interessante resgate histórico, em um site colorado: http://scinternacional.net/index.php/clube/patrimonio/beira-rio.html


 
A história da construção do Beira-Rio começa na segunda metade da década de 1950 e conta com um forte componente político e, por que não dizer, passional. Sem a astúcia do então governador do Estado, Ildo Meneghetti, talvez o Inter nunca tivesse deixado o velho Estádio dos Eucaliptos, no Menino Deus, e vivenciado uma mobilização popular poucas vezes vista em torno de uma obra. O pontapé inicial aconteceu em uma reunião entre a velha guarda colorada, capitaneada por Ephraim Pinheiro Cabral, e Meneghetti, ex-presidente e patrono do clube. Os dirigentes o procuraram propondo a desapropriação de uma área atrás dos Eucaliptos, uma rua com um popular cabaré.

O governador ouviu tudo e observou que a pequena rua jamais resolveria a falta de espaço. Decidiu, então, contar um segredo: Estou conseguindo com o governo federal dragas que estão na Bahia. Vou aterrar o Guaíba. No fim deste aterro, ficará uma área destinada ao esporte. É para lá que vamos levar o Inter. A revelação ficou entre Meneghetti e os colorados, entre eles um que não estava presente à reunião: Telmo Thompson Flores, futuro prefeito da Capital e, à época, diretor para a Região Sul do Departamento Nacional de Obras e Saneamento (DNOS).

Ele foi decisivo para trazer o maquinário ao Estado a dragagem começou em 1958. Antes, no entanto, o Inter conseguiu uma verdadeira façanha, desta vez por meio de Ephraim. Como era vereador, apresentou projeto na Câmara de Porto Alegre sugerindo a doação de uma área de 7,5 hectares do aterro ao clube. Depois de muita pressão sobre os colegas, viu seu projeto aprovado em 12 de setembro de 1956. Até aí, tudo bem, não fossem dois detalhes: 1º O terreno ainda estava debaixo d'água (a dragagem começaria dois anos depois); 2º Como se tratava de uma área no Guaíba, pertencia à União. Quer dizer: por omissão ou desconhecimento, a prefeitura deu ao Inter um terreno que não lhe pertencia. Mais tarde, houve tentativa de contestação por parte do governo federal, que acabou cedendo. De posse da terra, faltavam a casa colorada e os responsáveis em construí-la. Houve duas comissões de obras, instituídas entre 1961 e 1962, que fracassaram. Pudera: além da dragagem em andamento, faltava dinheiro.


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Torcedores do Juventude agredidos

Eu havia postado aqui a informação da emboscada que torcedores do Juventude sofreram da torcida do Inter. 
No jornal da Dinda saiu só uma notinha de rodapé.
Se fosse a Geral envolvida, era capa e reportagem especial de domingo.
Confiram mais detalhes e fotos dos torcedores agredidos.
E aí, FGF?
Alguma punição para os brigões?

E olhem a justificativa da Direção do Inter: Os torcedores do Juventude teriam ingressado na área errada ao estádio, onde estavam os torcedores do time da capital.

Ahhh bommm!!!!
Tá justificado!!!
Porrada em quem entra na área errada do estádio!!
Muito bem!!!

Olhem os links das notícias:

 
Ao todo, sete torcedores do Juventude foram atendidos pela ambulância localizada na linha de fundo do gramado do estádio do Vale. O grupo registrou uma ocorrência no local, em um posto da Brigada Militar. Rudimar Schreiber Júnior ainda foi até o Instituto Médico Legal, em Porto Alegre, para realizar exame de corpo delito. Os laudos, e mais o ingresso adquirido, devem ser usados como provas no processo.
"Tenho o ingresso na mão, comprei na bilheteria certa. Os preços eram diferente do normal, tinha uma tabela mostrando os valores para a torcida do Inter e do Juventude. Isto prova que era a bilheteria correta", afirmou o torcedor.

http://www.peleiafc.com/2014/02/torcedor-do-juventude-agredido-no.html
Fotos do PeleiaFC:

 

Inter tem dinheiro para estruturas provisórias

Escutei o Sala de Redação de ontem.
Foi uma choradeira por causa das estruturas provisórias.
Jornalistas isentos fugiam do debate de que o Inter assinou o termo perante a FIFA se responsabilizando pela construção.
Os Isentos alegavam: "isso não importa mais, as estruturas tem que sair, tem que sair".
Vão sair com o nosso dinheiro.
Mas me chamou a atenção a declaração do WC.
Ele reiterou que o Inter quebraria se bancasse as estruturas.
Esqueceu o jornalista que o Inter vai gastar 26 milhões com o Rafael Moura.
E que o Inter vendeu o Damião por 40 milhões.
Mas ele esqueceu mesmo do que ele disse no ano passado.
Dinheiro tem.
Falta é vergonha na cara.