Luiz Carlos Saraiva: o campeão voltou
Vitorio Piffero é um dirigente que o torcedor confia. Que os jogadores confiam
A
emocionante classificação para a fase de grupos da Libertadores é um
sinal de que a doce rotina de títulos do campeão de tudo voltou. E 2015,
para nós colorados, já começou. A eleição mais importante do mundo é
agora, sábado no Beira-Rio, onde através do voto direto e de forma
transparente e democrática o Internacional renova sua direção, no pleito
que, no cenário esportivo, será a maior eleição do mundo.
O
Inter se tornou, na última década, um modelo de gestão copiado ou
imitado por diversos times no país. Pra começo de conversa, o Inter tem
uma imensa e apaixonada torcida, tem títulos em profusão, tem um dos
mais belos estádios do mundo (a Copa do Mundo é nossa e ninguém tira),
tem uma lista de ídolos que encheria um álbum inteiro de figurinhas e é
Campeão de Tudo. Enfim, tem tudo que os outros times sonham em ter e só
eventualmente ou de forma fragmentada — conseguem se aproximar.
Mas
o Inter tem um outro diferencial. O Inter tem figuras que geriram seu
futebol e administraram o clube que estão no coração dos torcedores como
só mesmo os grandes atletas, os grandes ídolos que marcaram época,
conseguem ficar. Vitorio Piffero e Fernando Carvalho são dois desses
nomes que os colorados admiram, respeitam e reverenciam. Figuras que
sempre souberam conduzir os destinos do time e do clube com um zelo, uma
paixão e uma competência sem igual. O colorado não se contenta com
pouco.
Nosso insaciável torcedor quer e merece sempre mais.
Entregar a presidência do Inter novamente a Vitorio Piffero — através do
voto dos torcedores — será o passo a frente para resgatar de forma
plena e irreversível os grandes períodos de glórias do Internacional.
Além da competência, o Vitorio tem uma intimidade de torcedor com todas
as áreas de trabalho no clube. Ele é o presidente que se preocupa com o
time e com a instituição. Ele não terceiriza responsabilidades, não
fulaniza culpas ou inventa desculpas. Assume e responde integralmente e
de peito aberto pelos seus atos.
Vitorio é um dirigente que o
torcedor confia. Que os jogadores confiam. Ele cuida do time desde a
concentração até o vestiário no final do jogo. Como gestor conquistou o
primeiro ISO para um clube de futebol no Brasil. Cuida dos nossos
craques, dos nossos ídolos, sem perder de vista o trabalho na base, o
grande celeiro para a formação de atletas e de homens. Vitorio
presidente é para ser comemorado como um título. Aliás, Vitório
presidente é a garantia que os títulos voltarão à rotina do clube. A
hora é agora. O Campeão de Tudo tem em Vitorio Piffero um símbolo de uma
Era.
Vitorio é Inter campeão de tudo. E vem mais por aí!
Francisco Brust: Argel é melhor do que Roger
Jornalista acredita o técnico gremista "gourmetizou" o sempre copeiro futebol do clube tricolor
O
futebol é apaixonante por sua imprevisibilidade, é verdade, mas certas
sentenças deste esporte são claras como o sorriso de Paolla Oliveira.
Uma equipe jamais sairá campeã de uma Copa Libertadores tendo, como
capitão, um carioca de fala mansa que considera "desumano" jogar futebol
duas vezes por semana.
Estará
mais longe do título ainda, esta mesma equipe, se o seu treinador for
do tipo que assiste a seu time sofrer uma vexatória goleada com cara de
consternação, mantendo convicções que acumularam fracassos diante de
adversários difíceis, como este esquema 4-2-3-1 que gourmetizou o sempre
copeiro futebol gremista. Se este mesmo time for comandado por um
executivo de futebol de expressão amável, com suéteres franceses e mãos
nos bolsos na hora da derrota, o desfecho negativo será uma certeza. Mas
se somadas a todas estas tragédias esportivas os seus laterais forem
Marcelo Hermes e Ramiro, esqueçam, nenhum título estará ao alcance de
sua sôfrega torcida.
O futebol é um território hostil, perigoso e
cheio de percalços, e Argel Fucks sabe disso. Ao intervalo do segundo
jogo da final do Gauchão, quando o Inter já acumulava dois gols de
vantagem sobre o Juventude no placar combinado, colegas da imprensa
relataram os gritos de motivação do técnico colorado que ecoavam pelos
subterrâneos do Gigante da Beira-Rio e incendiavam os brios dos
jogadores colorados. O Inter não tem uma equipe superior à do Grêmio,
não nos enganemos: tem um comando de vestiário mais obcecado pela
vitória.
Ao erguer a taça de campeão gaúcho diante de sua
torcida, Argel lembrou que já dormira sob aquelas arquibancadas sonhando
com um futuro melhor e pleno de conquistas em sua época de jogador da
base. E com atletas valentes como ele, que não temem jogar futebol duas
vezes por semana, como Sasha, Fabinho e Paulão, Argel montou um esquema
de jogo sólido, consistente e sóbrio, fez um time que sabe exatamente
até onde pode ir e melhor ainda onde quer chegar.
Roger Machado é
dicionário, Argel Fucks é vocabulário reduzido. Roger é estudo, Argel é
transpiração. Roger é brioches, Argel é pão da colônia. Roger é Europa,
Argel, Gauchão. Trate seus soldados como irmãos e eles lutarão por
você; trate-os como filhos e eles morrerão por você. Argel Fucks é
Napoleão Bonaparte, Roger é Madre Teresa de Calcutá. O melhor é sempre
aquele que vence: Argel é, hoje, melhor do que Roger.