sábado, 27 de junho de 2015

Entrevista lamentável

Como prevista, a tal "reportagem investigativa" sobre a FGF foi totalmente chapa branca. 
Entrevista papai e mamãe.
Foi a única das reportagens que não teve reportagem, foi só entrevista, com a profundidade de um pires de café.
Nenhum dos pontos abordados teve réplica dos entrevistadores, como por exemplo, a relação da Capemisa/APLUB com a Federação: quanto a empresa ganha com o seguro dos ingressos.
Sendo que os repórteres ficaram satisfeitos com a resposta: "se não fosse a Capemisa seria outra empresa mesmo".

Outra curiosidade: no Sala de Redação o Gabardo e o Rodrigo Oliveira falaram que a matéria abordaria exatamente essa questão do seguro dos ingressos e também o quanto a Multisom ganha por vender ingressos dos jogos da Seleção.
Não teve estas perguntas.

Também a reportagem não fez nenhuma pergunta sobre as relações do Presidente Santo com o Eugenio Figueredo, o amigão Linha Direta, que agora é chamado de Elo da Corrupção no Cone Sul.
Não perguntaram sobre o Instituto do Futebol.
Não perguntaram sobre o Gauchão Premiado.
Não perguntaram sobre o uso do terreno da sede como estacionamento pago, sem autorização. 
Não perguntaram sobre os negócios que o Presidente Santo tem com presidentes de clubes.

Outro ponto que a reportagem falhou foi só citar de passagem que os vereadores Brasinha e Haroldo de Souza ganharam doações da FGF e foram "os mais destacados" na liberação do terreno do memorial Prestes à FGF.

E não dá para deixar de criticar a arrogância do entrevistado ao dizer duas vezes que "na minha modéstia". que "o futebol precisa mais dele que ele do futebol" e que o seu salário deveria ser de R$200 milhões, e que o salário do R$20 mil ele nem quer.

Detalhe: o caderno de esportes teve nas páginas 26/28 patrocínio da Multisom.
Nas páginas da "entrevista investigativa", não teve.

É dose.


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