Imagine:
Emerson Sheik vem correndo.
Pula.
Tromba com Alisson, que já tinha afastado a bola.
O goleiro cai.
Romarinho pega o rebote, chuta e marca.
O juiz coloca a bola no centro do campo.
Gol do Corinthians.
IMAGINE A GRITARIA DA IMPRENSA!!!
Ia ter gente se enforcando com o microfone.
Quem teve a palavra no início foi o procurador Rafael Vanzin, que pediu a condenação dos dois clubes. Ele ainda solicitou punição ao Vasco em um segundo artigo, já que a equipe carioca era mandante da partida.
“As cenas públicas e notórias protagonizadas por vândalos travestidos de torcedores chocaram. Isso denota a falta de repressão por parte de ambas as equipes. A denúncia foi muito bem embasada”, garantiu.
Em seguida, a advogada do Vasco, Luciana Lopes saiu em defesa de ambos os clubes. Ela é filha de Rubens Lopes, presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro.
“Não estamos vendo a CBF ser denunciada, nem o poder público. Só as duas equipes, que não tem como serem responsabilizadas. A segurança cabe ao poder público. O Vasco tomou todos os cuidados, convocou o policiamento, fez reunião de segurança. Mas não tem poder de polícia”, afirmou.
O discurso do advogado do Corinthians, João Zanforlin, seguiu linha parecida, embora ele tenha sido irônico em vários momentos. No início, disse que o caso, por precisar “da aplicação de normas internacionais”, merecia uma defesa em inglês.
“Mas não vou fazê-lo, porque o meu inglês está mais para Joel Santana do que para William Shakespeare”, explicou.
Por fim, foi realizada a votação dos auditores Francisco de Assis Pessanha Filho, Ricardo Graiche, Roberto Vasconcellos, Gustavo Teixeira e do presidente Fabrício Dazzi: “Esse tipo de infração não pode ocorrer em um estádio que vai receber a Copa, em um país que vai receber a Copa”, disse Graiche.
O Corinthians é o quinto colocado do Campeonato Brasileiro, com 29 pontos, um abaixo do G-4. Já o Vasco tem 20 pontos, dois acima da zona de rebaixamento, e ocupa a 14ª colocação.