terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

A culpa pelo rojão

Sempre que escutava um problema envolvendo a torcida do Inter no Beira-Rio escutava jornalistas isentos dizendo:
- "ah, não tem prova de que foi um torcedor do Inter".
- "pode ter sido um torcedor infiltrado querendo prejudicar o Inter".
Sempre falaram isso.
Quando é com o Grêmio, antes mesmo de identificar o torcedor já sabem até de que torcida organizada do Grêmio esta pessoa pertence.
Para deixar bem claro:
Sou contra rojões no estádio.
É um perigo para quem está torcendo, para os atletas e até é perigoso para o animal que está lançando o rojão.
Além do óbvio: é proibido.
Agiu errado o torcedor.
Agiu errado a Brigada Militar que não revistou o torcedor direito.
Brigada Militar que enche o saco com as pilhas que a gente leva para o rádio ou câmera digital no estádio mas deixa passar um rojão.
Cabe ao Grêmio identificar o torcedor e encaminhar a questão para as autoridades.
E, caso o torcedor seja punido, que se impeça o acesso dele aos estádios.
Há tempo que eu falo que deveria ter o registro biométrico nos estádios.
Ou simplesmente, usar o cadastro na carteira do sócio ou de torcedor para bloquear o acesso daquela carteira ao estádio.
Simples.
Mas não fazem isso.
O que me preocupa é que já se fala em punição ao Grêmio.
Com o Grêmio não tem pena em cestas básicas.
É interdição do estádio, de dois a dez jogos e multa.
Punição aplicável pelo Tribunal da FGF, o mesmo Tribunal que disse que o Inter não precisava fazer exame de dopagem se não quisesse.
Ninguém levantou a tese de que "não tinha prova de que era um torcedor do Grêmio".
Ninguém levantou a tese de que "poderia ser alguém infiltrado na torcida querendo prejudicar o Grêmio."

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