domingo, 2 de fevereiro de 2014

E a escravidão?

Quando tramitou o processo do Oscar, a mídia local surtou.
Bradavam que o São Paulo era um feitor de escravos, que atentava contra a liberdade de trabalhar do menino Oscar.
Esqueciam que o São Paulo era o réu do processo, que foi movido pelo jogador para deixar o clube que o criou.
E Oscar perdeu os julgamentos e acabou fazendo um acordo com o São Paulo.
No julgamento, se reconheceu que Oscar tinha contrato com o São Paulo.
Mas aqui, os discursos eram de que o São Paulo atentava contra a liberdade de trabalhar do jogador.
Bradavam que o contrato não podia limitar a liberdade profissional do atleta.
Que se Oscar não jogasse, o seu futuro profissional estaria ameaçado.
Passam os anos.
Inter vendeu o Damião ao Santos em um negócio muito mal explicado.
Era 10 milhões de reais, virou 40 milhões mas o Santos vai pagar 100 milhões a um grupo de investidores.
Mas o contrato tem uma cláusula de que o jogador só pode jogar após o pagamento da segunda parcela.
Sendo que essa questão do pagamento deveria ser buscada em uma cobrança.
Damião está impedido de exercer sua profissão.
É um escravo obedecendo uma ordem de seu antigo feitor.
É um escravo.
E onde estão os que defendiam a liberdade de Oscar?
Por que não defendem Damião?
Por que não dizem mais que o contrato não pode limitar o direito constitucional da liberdade de trabalhar?
Por que mudaram de opinião?

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