terça-feira, 26 de novembro de 2013

26 de novembro de 2005

26 de novembro de 2005. 
Confesso que ontem não tinha me dado conta.
Hoje de manhã que me lembrei.
26 de novembro.
Data da Batalha dos Aflitos.
Não, não considero este um título maior que o Mundial ou Libertadores, como muitos criticam.
Sei o tamanho deste título.
Mas lembro do que pensei ao ver o Escalona expulso.
E do que passou na minha cabeça ao ver o juiz marcar um pênalti.
Pensei: o Grêmio não vai sobreviver mais um ano na série B.
Pensei em passar por tudo que passamos naquele 2005 de novo, com menos recursos ainda. 
Teria o Grêmio condições de subir, passando mais um ano na série B?
Passaram-se os minutos e a confusão seguia em campo.
Até que bateram o pênalti.
Na hora, eu não vi a cobrança.
Estava com o rádio ligado, ouvindo o Marcos Couto narrando na Band.
Escutei ele gritando: GGGGGGGGGGGGGÃAAAAAAAA
Pensei: Gol.
Acabou.
O GÃAAAAA virou GALAAAAAAAAAAAAATTTTTTOOO.
Eu, tomado de pânico ainda, ouvi um último neurônio são dizendo, lá no fundo do meu cérebro: ô, Demian, Galatto é do Grêmio.
Era mesmo.
Vibrei sim, muito.
Mas apreensivo, pois ainda tinha não sei quanto tempo de jogo, mais os acréscimos. 
O gol do Náutico era iminente.
Um falta na lateral.
Grêmio cobrou rápido.
Anderson
Andershow fez.
Sensacional o Anderson falando daquele gol: fui dar um drible no cara e vi o goleiro saindo, pensei: driblou esse cara ou faço o gol, ah, vou fazer o gol".
Não acreditava naquilo.
Não é um título mundial.
Mas foi um renascimento.
Foi dramático? Foi.
Poderia ter sido mais simples. 
No jogo anterior, Grêmio venceu o Santa Cruz no Olímpico e se a Portuguesa vencesse o Náutico, o Grêmio teria subido já na rodada anterior, sem depender da última rodada e pegaria o Náutico já eliminado.
Mas sempre tem que ser difícil para o Grêmio.


Queria lembrar é de um herói esquecido daquela campanha.
Ricardinho.
Foi mal na última partida, por estar lesionado.
Mas fez gols importantíssimos nos quadrangulares finais.



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