sábado, 16 de novembro de 2013

Sucesso do Bingo dos Isentos

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O sonho de sempre 
14/11/2013 | 06h03

Nilmar não descarta retorno: "Sempre vou ouvir o Inter em primeiro lugar"

Atacante do Al Rayyan fala a ZH sobre possibilidade de voltar ao clube que o revelou


Nilmar não descarta retorno: "Sempre vou ouvir o Inter em primeiro lugar" al rayyan/Divulgação
Foto: al rayyan / Divulgação
Ainda que tudo no Beira-Rio seja silêncio sobre 2014, o elenco sofrerá modificações. E dar velocidade ao lento ataque colorado é uma das metas para a nova temporada. Com saída de peso para ocorrer a partir de dezembro, o Inter deverá investir uma vez mais em Nilmar. No meio do ano, ofereceu 5 milhões de euros para o Al Rayyan liberá-lo.
O negócio quase foi fechado. Mas as portas para o retorno do camisa 9 seguem abertas. Desde Doha, Nilmar conversou com Zero Hora nesta quarta-feira. Admite ter como sonho voltar ao Inter. Assegura que sua família está feliz com a vida no Catar, apesar da ausência de emoção em campo, e revela que estava pronto para retornar ao Beira-Rio em agosto, mas que o presidente do clube impediu a transferência no último minuto. Enquanto vê as mudanças no Al Rayyan, que já trocou a presidência e o técnico, Nilmar aguarda um novo chamado do Beira-Rio. A seguir, os principais trechos da entrevista:
Zero Hora – Após um 2013 frustrante, o Inter prepara a reformulação do elenco. E o clube volta a sonhar com a sua contratação. Você já foi procurado?
Nilmar – Até agora não. Até falei para a minha esposa (Laura): "No final do ano se abre outra janela, vamos ver se essa será tranquila". Acho que pode haver novamente o interesse do Inter, sim, mas ainda não fui procurado.
Zero Hora – Em julho, o Inter tornou público o interesse na sua contratação. Por que a negociação não evoluiu?
Nilmar – É sempre difícil se expor uma negociação, pois pode gerar frustração. No meio do ano, todos ficaram sabendo, mas não atrapalhou nem ajudou. O maior empecilho foi o xeque (Abdalla Bin Hamad Al-Thani, presidente do clube), que não queria me liberar. Era a minha primeira temporada aqui e recém havíamos conquistado a Copa do Emir, o grande torneio local. E eu não quis forçar a saída, não estava com a ideia de ir embora. O Giovanni (Luigi) sabe: se o jogador não quer jogar, não joga e sempre encontra uma maneira de sair. Não descarto voltar para o Inter. Se eles (Al Rayyan) aceitarem, volto. Mas não é aquela coisa de estar desesperado para ir embora.
Zero Hora – Mas o que teria mudado agora? Há informações de que o Al Rayyan estaria renovando o quadro de estrangeiros.
Nilmar – O Al Rayyan passou por uma transição. O xeque Abdalla deixou o clube. Foi ele quem me segurou aqui. Os dirigentes do clube já haviam aceitado a oferta do Inter (5 milhões de euros), mas ele não me liberou. Agora as coisas mudaram. Acontece que o xeque Abdalla saiu, e o presidente agora é o xeque Saoud (Saoud Al Khalaqi), que já comandou o clube anos atrás. E, aqui, há uma cultura: o dirigente que entra começa a mudar a equipe. Nosso técnico era o Diego Aguirre (uruguaio, ex-atacante do Inter), que foi trocado na semana passada pelo espanhol Manolo Jimenez. Há boatos, sim, de que haverá uma renovação dos estrangeiros do clube.
Zero Hora – Mas o Al Rayyan aceitaria uma nova oferta do Inter?
Nilmar – Tenho mais três anos de contrato e, por isso, não serei liberado de graça. Para eles, o que menos importa é o dinheiro. Têm muito. Eles querem saber é se você está feliz ou não. Nós, estrangeiros, estamos aqui para ser um exemplo aos catari, que são em, sua maioria, atletas amadores e que trabalham e estudam durante o dia. Treinamos uma hora por dia.
Zero Hora – E você está feliz aí?
Nilmar – Estou contente por servir de exemplo. Eles querem jogadores jovens, para elevar o nível do campeonato. Mas sofro com o ambiente de jogo. Aqui, se joga para 50, cem pessoas. Só na final da Copa do Emir é que atuei para 50 mil pessoas. Mas elas só estavam lá para ver o rei, que entregaria a taça ao campeão (risos).
Zero Hora – Por que você topou jogar no Catar?
Nilmar – Para dar maior tranquilidade a minha família. Tivemos um segundo filho agora (Henrique, que completou um mês ontem). E minha filha (Helena, 3 anos) está podendo estudar inglês aqui. Estou vivendo o futebol de uma maneira diferente, não exatamente dentro de campo. É claro que aqui tenho responsabilidades. Mas... chega um momento em que você relaxa. Não tem aquela loucura do calendário brasileiro, mas também não tem aquela adrenalina. Sinto falta. Aqui, você precisa controlar a cabeça, se motivar. Abri mão de muitas coisas para vir para o Catar, até da Seleção. Não me arrependo. Levo a minha filha para a escola, durmo em casa, saio de casa para o jogo uma hora antes de a partida começar. Mas, não vou mentir, vejo o Brasileirão todos os domingos. Vejo quase todos os jogos do Inter. Jogador, tem. Tem um dos melhores elencos, mas, às vezes, o time não encaixa. Não encaixou no Brasileirão.
Zero Hora – E você teria interesse em voltar pela terceira vez para o mesmo clube?
Nilmar – Três vezes é muito amor, né? Devo muito ao Inter. Foi quem acreditou em mim depois de duas cirurgias seguidas no joelho. Já tive sondagens de outros clubes, mas devo satisfação ao Inter. Sempre vou ouvir o Inter em primeiro lugar. Gostaria de ficar aqui o maior tempo possível, mas sonho um dia voltar ao Inter. Se o xeque tivesse topado a negociação no meio do ano, eu já teria voltado.


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