quinta-feira, 30 de maio de 2013

Neymar e a sentença do Assis

Há anos escutamos uma imbecilidade: "Ronaldinho saiu do Grêmio pois não era valorizado" e "Ronaldinho foi profissional, fez o que qualquer um faria".

Eu não faria.

Neymar não fez.
Robinho não fez.
Oscar não fez (contra o São Paulo, ele fez).
Pato não fez.
Anderson não fez.
Lucas (do São Paulo) não fez.
Lucas (do Grêmio) não fez.
Daniel Carvalho não fez.
Alex não fez.
Nilmar não fez.

Só Ronaldinho fez.

E sobre a valorização, não vejo ninguém incentivando o Fred a deixar o Inter por não ser valorizado, mesmo tendo salvo o clube em 2012 e, pelo visto, o fará no Brasileirão 2013.
Fred recebe o mesmo que Forlán, Damião e Rafael Moura?
Então não é valorizado...

E sobre a saída do Ronaldinho, o problema não foi o ato, foi a forma como ocorreu.
Toda a torcida do Grêmio sabia que Ronaldinho iria embora, cedo ou tarde.
Bastaria ele ter dito: olha, chegou uma proposta da França, estou deixando isso com os meus empresários.
A negociação ocorreria, jogador e clube ganhariam.
Simples.
Como ocorre em qualquer clube.
Confesso que, na época, eu gelei quando ouvi que Assis era o procurador do Ronaldinho.
Assis que sempre culpou o Grêmio pelo fracasso em sua carreira de atleta.
Fico então comparando o que foi feito naquela vez, contra o Grêmio e o que foi dito da forma de proceder dos Moreira no caso dessa indenização pela queda de um muro.
Ora, se a pessoa tem milhões em sua conta bancária, resolveria o problema rapidamente, se tivesse vontade.
Os Moreira não tem essa vontade.
Disse o Magistrado, entre outas coisas: 

"Entendo (...) que os valores para servirem de alerta e penalidade à Família Moreira devem em patamares maiores, para que efetivamente possam enxergar mais além da fama e do glamour de seus filhos, bem como para entenderem que devem ser mais zelosos com seu patrimônio, mas especialmente mais zelosos no trato com as pessoas, fazendo-lhes ressaltar que os valores e princípios de humanidade e solidariedade estão acima do lucro, do dinheiro, do patrimônio, da fama pessoal e do glamour."

Disse o que a torcida do Grêmio já sabia desde 2002.

Mas parece que muitos jornalistas ainda não entendem isso.


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