quinta-feira, 30 de maio de 2013

O que importa o time de um Juiz?

Não é fácil ser um Magistrado.
É preciso encarar uma prova objetiva, acertar 60% da prova e estar entre os 200 ou 300 melhores classificados.
Após, é preciso passar em uma prova objetiva.
Depois, tem uma prova de sentença.
Por fim, uma prova oral.

Então, o candidato passa por um curso de formação.

O tempo todo, o futuro juiz passa por um trabalho de conscientização da importância de sua função e da relevância de sua imparcialidade.

O Juiz é, portanto, treinado, preparado para exercer a sua função de forma imparcial, tanto que o juiz, quando se sentir impedido de julgar alguma causa, por razão de foro íntimo, pode declinar de um julgamento.

Não deveria, portanto, haver qualquer dúvida quanto à seriedade de um magistrado ao julgar.

Por isto, é estranha e inoportuna a pergunta que foi feita ao Juiz Alex Gonzalez Custódio, na ZH do dia 29/05, sobre qual era o time dele.

A pergunta, carregada de malícia, tenta justificar a condenação do Roberto Assis com base na preferência clubística do magistrado.

Mas o repórter quebrou a cara.

O Juiz respondeu que era colorado.

Eu não vejo repórteres perguntando para árbitros de futebol, qual o time que eles torcem quando erram a marcação de um pênalti.
Ou quando se abraçam com um jogador para que ele não seja expulso.
Não vejo nenhum repórter perguntando para o presidente da Federação Gaúcha qual é o time que ele torce, quando este presidente toma decisões contra um time e a favor de outro.
Não vejo repórteres perguntando para seus colegas jornalistas qual o time deles, quando dão notas ridículas nas cotas dos jogadores de um time e dizem que atletas do outro time "fizeram jogadas do nível e Champions League.
Deveriam perguntar para eles.
Eles não tem 1/10 da preparação de um Magistrado.
Mas para o Magistrado, eles perguntam para quem ele torce.

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