sábado, 27 de julho de 2013

30 anos da Conquista da América

28/07/1983.
O Grêmio conquista a América.
Confesso que eu não recordo desse título, tinha apenas 6 anos de idade.
Lembro da festa do Mundial no final do ano.
Mas mesmo que não tenha vivido intensamente este título da Libertadores ele sempre esteve comigo.
Cresci com uma certeza: o Grêmio é o Campeão da América e do Mundo.
Sempre esse era o melhor argumento para se usar contra quem vinha se vangloriar dizendo que era o melhor do ranking da CBF, ou que tinha vencido mais grenais.
A América era nossa.
Tinha a nossa cara.
A América era o sangue jorrando da cabeça do De León.



Uma imagem que vale por mil palavras.
Tudo bem que depois surgiu a história de que ele cortou a cabeça com um parafuso na base da taça.
Isso não tira a grandiosidade da imagem.

A Libertadores nos colocou em outro patamar.
Na época, só 3 brasileiros haviam vencido a América.
Santos de Pelé. Cruzeiro de Jairzinho e Flamengo de Zico.
E Grêmio de Renato.

Hoje, tem Once Caldas na lista de campeões. E outros menos qualificados ainda.

Por anos disseram que éramos arrogantes.
Discordo.
Foi a Libertadores que nos fez ver que estávamos em um degrau acima.
E, mesmo em anos ruins, podíamos pensar: nós já conquistamos a América e o Mundo, podemos alcançar grandes feitos de novo.

Como fizemos em 1994, conquistando a Copa Brasil, mal saídos de uma série-B.
Como fizemos em 1995, conquistando a América de novo.
Como quase fizemos, de novo, em 2007, para desespero de muitos aqui no Estado.

Daquela época, tenho esse disco, em vinil:



Escutei já esse disco inúmeras vezes.
Sempre me chamou a atenção a cara de seriedade dessa equipe.
Baidek é um gigante nessa foto.
De León também.
Metiam medo em qualquer um que cruzasse pela frente.
Sinto falta disso nas equipes de hoje, que entram em campo ouvindo MP3.

Hoje, se tem noção que aquele título teve muitas dificuldades.
Problemas de vestiário. Troca de goleiro no meio da competição.
Mazaropi foi contratado após o Grêmio jogar um amistoso contra o Vasco, no meio da competição.
Mas deu certo no final.
Não tem fórmula mágica.
Era um time que vinha se formando desde 1977.
Passou por um título brasileiro em 1981.
Um vice brasileiro em 1982.
E que ainda foi vice da América em 1984.

Um grande time, portanto.
Um grande título.
Para uma grande torcida.



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