Finalmente.
Dezembro de 2013.
Alguém fala que as obras do Beira-Rio estão atrasadas.
E podem não ficar prontas no prazo.
Atraso que nos custou a Copa das Confederações.
Atraso que eu falo desde fevereiro deste ano.
Finalmente falaram.
Prazo para conclusão do Beira-Rio fica cada vez mais apertado
Indicativos são de que reforma do estádio do Inter não estará pronta na data estabelecida
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Prazo fica cada vez menor para conclusão do Beira-Rio
Crédito: AG / Inter / Divulgação / CP
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Um transeunte qualquer que passar pelo
Beira-Rio nestes dias provavelmente ficará com a sensação de que ele não
ficará pronto até 31 de dezembro, quando se encerra o prazo acordado
entre o Inter e a construtora Andrade Gutierrez (AG) para a finalização
da reforma.
O entorno do estádio ainda em obras indica que o
prazo fixado no início das negociações dificilmente será cumprido. No
entanto, a empresa assegura, em conversas com os dirigentes colorados,
que tudo estará pronto até o final de 2013, como acordado.
Caso
não seja cumprido o que está previsto em contrato, a AG teria que pagar
uma multa estabelecida previamente no documento. Para tanto, contudo,
seria preciso que a direção colorada acionasse a cobrança do que está
previsto na cláusula.
Na reta final, a reforma do Beira-Rio ainda
sofre com problemas. Na sexta-feira, inclusive, por pouco a obra não
parou por completo, comprometendo ainda mais o prazo que parece cada vez
mais exíguo. Isso porque os alpinistas que trabalham na instalação das
membranas brancas da cobertura ameaçaram uma greve por falta de
pagamento dos seus salários. Reclamaram também das condições de trabalho
e dos alojamentos da construtora.
A AG apressou-se e garantiu
que a falta era uma falha de uma empresa terceirizada e prometeu
regularizar a situação. À tarde, a instalação da cobertura foi retomada.
A ameaça de novas paralisações, porém, ainda causa receio entre os
dirigentes. Apesar de todos os problemas, a informação repassada à
direção colorada pela construtora é de que tudo estará pronto ao final
de dezembro, inclusive a cobertura.
O Inter não conta com a
desmobilização da AG em janeiro. O projeto do clube é contar com a
assessoria da construtora ao longo de alguns meses, até que cada parte
do estádio seja devidamente testada. “Não haverá uma solenidade para
receber o Beira-Rio. Não vai ter uma fita para cortar. Vamos receber o
estádio em um processo gradual, sem açodamento”, afirma Maximiliano
Carlomagno, presidente da comissão de obras do Beira-Rio.
Os
primeiros jogos receberão torcedores com o estádio ainda incompleto e
longe do prometido Nos primeiros meses de 2014, a tendência é começar
com cerca de 10 mil pessoas. Ou seja, um quinto da capacidade total. Aos
poucos, a disponibilidade vai aumentar, até chegar na lotação máxima,
mais próxima da inauguração oficial, que será em abril.
Além da
obra propriamente dita, há dois entraves para serem solucionados antes
da reabertura do estádio. O primeiro é a desmontagem do canteiro de
obras e a retirada dos imensos guindastes e máquinas que ajudam na
reforma. Este trabalho não tem data para começar (menos terminar), mas
deve se iniciar tão logo as obras cheguem ao seu final.
Em
seguida, os técnicos do Inter devem providenciar todas as licenças
necessárias para o funcionamento do estádio. Apesar da disposição dos
entes públicos em ajudar — afinal, o Beira-Rio é o estádio da Copa do
Mundo —, há uma burocracia grande a ser vencida antes de o primeiro
colorado a sentar-se nas remodeladas arquibancadas do estádio.
Por
via das dúvidas, a diretoria do Inter já entrou em contato com o
Caxias. O objetivo é continuar usando o estádio Centenário em algumas
partidas, principalmente do Campeonato Gaúcho. Ou seja, pelo menos até
abril, o Inter terá duas casas. O Beira-Rio deve receber cinco jogos
pela Copa do Mundo, sendo quatro pela primeira fase e um pelas oitavas
de final.
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