sábado, 14 de dezembro de 2013

Prazo apertado

Finalmente.
Dezembro de 2013.
Alguém fala que as obras do Beira-Rio estão atrasadas.
E podem não ficar prontas no prazo.
Atraso que nos custou a Copa das Confederações.
Atraso que eu falo desde fevereiro deste ano.
Finalmente falaram.

Prazo para conclusão do Beira-Rio fica cada vez mais apertado

Indicativos são de que reforma do estádio do Inter não estará pronta na data estabelecida

Prazo fica cada vez menor para conclusão do Beira-Rio<br /><b>Crédito: </b> AG / Inter / Divulgação / CP
Prazo fica cada vez menor para conclusão do Beira-Rio
Crédito: AG / Inter / Divulgação / CP
Um transeunte qualquer que passar pelo Beira-Rio nestes dias provavelmente ficará com a sensação de que ele não ficará pronto até 31 de dezembro, quando se encerra o prazo acordado entre o Inter e a construtora Andrade Gutierrez (AG) para a finalização da reforma.

O entorno do estádio ainda em obras indica que o prazo fixado no início das negociações dificilmente será cumprido. No entanto, a empresa assegura, em conversas com os dirigentes colorados, que tudo estará pronto até o final de 2013, como acordado.

Caso não seja cumprido o que está previsto em contrato, a AG teria que pagar uma multa estabelecida previamente no documento. Para tanto, contudo, seria preciso que a direção colorada acionasse a cobrança do que está previsto na cláusula.

Na reta final, a reforma do Beira-Rio ainda sofre com problemas. Na sexta-feira, inclusive, por pouco a obra não parou por completo, comprometendo ainda mais o prazo que parece cada vez mais exíguo. Isso porque os alpinistas que trabalham na instalação das membranas brancas da cobertura ameaçaram uma greve por falta de pagamento dos seus salários. Reclamaram também das condições de trabalho e dos alojamentos da construtora.

A AG apressou-se e garantiu que a falta era uma falha de uma empresa terceirizada e prometeu regularizar a situação. À tarde, a instalação da cobertura foi retomada. A ameaça de novas paralisações, porém, ainda causa receio entre os dirigentes. Apesar de todos os problemas, a informação repassada à direção colorada pela construtora é de que tudo estará pronto ao final de dezembro, inclusive a cobertura.

O Inter não conta com a desmobilização da AG em janeiro. O projeto do clube é contar com a assessoria da construtora ao longo de alguns meses, até que cada parte do estádio seja devidamente testada. “Não haverá uma solenidade para receber o Beira-Rio. Não vai ter uma fita para cortar. Vamos receber o estádio em um processo gradual, sem açodamento”, afirma Maximiliano Carlomagno, presidente da comissão de obras do Beira-Rio.

Os primeiros jogos receberão torcedores com o estádio ainda incompleto e longe do prometido Nos primeiros meses de 2014, a tendência é começar com cerca de 10 mil pessoas. Ou seja, um quinto da capacidade total. Aos poucos, a disponibilidade vai aumentar, até chegar na lotação máxima, mais próxima da inauguração oficial, que será em abril.

Além da obra propriamente dita, há dois entraves para serem solucionados antes da reabertura do estádio. O primeiro é a desmontagem do canteiro de obras e a retirada dos imensos guindastes e máquinas que ajudam na reforma. Este trabalho não tem data para começar (menos terminar), mas deve se iniciar tão logo as obras cheguem ao seu final.

Em seguida, os técnicos do Inter devem providenciar todas as licenças necessárias para o funcionamento do estádio. Apesar da disposição dos entes públicos em ajudar — afinal, o Beira-Rio é o estádio da Copa do Mundo —, há uma burocracia grande a ser vencida antes de o primeiro colorado a sentar-se nas remodeladas arquibancadas do estádio.

Por via das dúvidas, a diretoria do Inter já entrou em contato com o Caxias. O objetivo é continuar usando o estádio Centenário em algumas partidas, principalmente do Campeonato Gaúcho. Ou seja, pelo menos até abril, o Inter terá duas casas. O Beira-Rio deve receber cinco jogos pela Copa do Mundo, sendo quatro pela primeira fase e um pelas oitavas de final. 

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